quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Mitos por terra

Acreditamos nas coisas mais incríveis, mesmo aquelas que, sem provas provadas, nos parecem verosímeis. Depois, há alguns mitos que, mesmo pouco credíveis, nos levam a duvidar, a pensar duas vezes, incapazes que somos de os rejeitar por completo. Acabam encostados num qualquer cantinho da memória, arrumados e poucas vezes consultados. Foi sobre muitos destes mitos que escreveu a revista Galileu. Por exemplo, esclareceu que os filmes violentos, aqueles com pancadaria de meia-noite e, claro, muito sangue, não fazem aumentar a violência. Pelo contrário, trazem tranquilidade às ruas. E a prova dos nove foi tirada por um duo de economistas de um prestigiado instituto norte-americano.
O próximo mito caído por terra foi o de que a televisão estupidifica os putos. Parece que - volta a entrar aqui o dedinho de um economista também de terras do Tio Sam - proibir os catraios de ver TV faz com que tenham mais dificuldades de leitura, menos conhecimentos sobre o Mundo e até notas mais baixas na escola. Aqui, permito-me não concordar completamente. É que há alguns programas que, vistos por miúdos ou graúdos, são garantia de estupidez na certa.
Desta teoria eu gosto: comer muito afinal não faz engordar. Ora aí está uma frase que até tenho vontade de colar na porta do frigorífico. E esta vem da Universidade de Harvard, onde se explica que o que faz engordar é o aumento das calorias e não do consumo dos alimentos.
Esta também não me desagrada por completo: a pirataria é a responsável pela continuidade do capitalismo tal como hoje o entendemos. Sim, porque diz quem sabe que os piratas mais não fazem do que regular, mostrando onde se encontram as falhas do sistema e como o melhorar.
Pronto, agora vem uma que mais valia ter ficado na gaveta: que as mulheres atrapalham os estudos dos homens. Uma investigação na Nova Zelândia avança que as notas dos miúdos pioram quando as turmas são mistas. Mas aí, digo eu, a culpa deve ser é dos genes!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Adeus


O adeus é sempre complicado, tantas vezes doloroso, sobretudo quando a despedida é de alguém ou de algo de que gostamos. O adeus é definitivo, bem diferente de um até logo ou até amanhã, é redutor, é limitativo. É sinónimo de um fim, mesmo que não desejado, de um encerrar de capítulo quando, por vezes, este apenas vai a meio. É forçado, é imposto, é indesejado... Hoje, fomos obrigados a dizer adeus, o tal irrevogável, que não tem volta. Restam-nos as memórias e a promessa que encerram de acalmarem um pouco as saudades.

domingo, 25 de outubro de 2009

Palavras, palavrinhas, palavrões

"Os palavrões são palavras multifacetadas, muito mais prestáveis e jeitosas do que parecem."

Miguel Esteves Cardoso

Hoje só os palavrões estariam à altura daquilo que sinto...

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Penitência...


Chama-se Paulo, mas é mais conhecido lá em casa como o Totó. É carteiro de profissão e a sua farda azul, que se mistura com o vermelho da carrinha onde transporta o correio, invade-me a televisão a toda a hora. Logo pela manhãzinha, ainda mal os bons dias foram dados, já a vozinha exigente, do alto do seu palmo e meio, grita pelo Totó. Vale Verde, o Júlio, o Carlos Queirós ou a senhora dona Gomes são os personagens que se seguem e se repetem, vezes sem conta, episódio atrás de episódio, em histórias que prendem os seus olhinhos cor de avelã e os fazem brilhar. À tarde, quando a ditadura do trabalho permite um intervalo em casa, o Totó regressa à televisão; à noite, volta a aparecer, fruto da mesma exigência que o fez saltar para o leitor DVD horas antes. Confesso que até já gostei do Totó ou Carteiro Paulo. Agora, ao pensar o que o dia de amanhã me reserva - uma autêntica maratona de cartas, pacotes ou encomendas - confesso que o carteiro perdeu parte do seu encanto. É que depois de ter visto pelo menos 500 vezes os mesmos episódios, dou por mim a reparar em pormenores. Por exemplo, que o carteiro deve um pouco à higiene (nunca muda de roupa), que o carlos Queirós tem voz de mariquinhas, que o polícia Artur tem é jeito para a agricultura... Conclusão: cada vez aumenta mais o fascínio pelos Irmãos Koala.

Mais do mesmo?

E pronto. Já conhecemos todos o novo - ou velho, dependendo do ângulo - Governo. Ao lado das oito já conhecidas caras - destaco o Teixeira dos Santos, que continua a mexer com os dinheiros, o Amado, que se mantém nas negociatas com o estrangeiro, a Ana Jorge, que não larga a Saúde -, há por ali umas trocas e baldrocas e oito que entram de novo na equipa. Mas não posso deixar de lamentar a saída do Lino (jamais esquecerei o seu jeito para o francês) ou do Sr. Silva (nunca compreendi verdadeiramente a aversão dos agricultores). A esperança está agora depositada nas novidades. Talvez entre aquelas oito estreias se consiga encontrar alguém com o jeito do Pinho para a linguagem gestual ou o do Lino para meter o pé na poça. É esperar para ver.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Irra...

Há poucas coisas que me surpreendem, não sei se feliz ou infelizmente. Mas às vezes dou por mim chocada com gestos e atitudes que já devia esperar. Uma das coisas que mais confusão me faz é a falta de profissionalismo. Talvez seja defeito, mas fui ensinada, não só pela educação que me foi dada, mas também pela formação e pelo contacto com grandes profissionais que se há uma coisa de que nos devemos orgulhar é de sermos bons naquilo que fazemos. Por isso é que, para além da falta de humildade e da arrogância, a falta de profissionalismo me causa tamanha repulsa.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Corpinho de 50

Ter 100 anos mas corpinho de 50 pode vem vir a ser uma possibilidade. E não sou eu que o digo. A afirmação, avançada pela BBC, é feita por gente especializada na matéria que não tem dúvidas: vai ser possível dotar os centenários com novas ancas, joelhos e válvulas cardíacas, que permitam ao corpo gozar mais uns aninhos em forma.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

E o vencedor é: o 100%

Confesso que, cada vez que a dúvida me assalta no momento de escolher uma bebida, não penso qual será a mais indicada, saudável e menos calórica. E acrescento ainda nesta minha confissão que nunca me tinha questionado sobre qual seria o melhor: se o sumo néctar ou o 100%. Se tivesse pensado um pouco no assunto acredito que a minha escolha tivesse recaído sobre os primeiros, convicta que estaria que seriam os mais próximos de um sumo natural. Ao que parece, nada podia estar mais longe da verdade. Ou seja, e isto segundo os especialistas na matéria, os néctares são bebidas produzidas a partir do sumo ou polpa da fruta. Até aqui tudo bem. O pior vem quando se pensa na restante composição: água e açúcares, podendo ainda ser incluído o mel. Ora já os 100% são produzidos apenas com o sumo ou polpa das frutinhas, sem adição de açúcar ou adoçantes. Por isso, a escolha parece ser uma e só uma: os 100%

Hoje é dia de...











Hoje não é o caso, mas há dias em que abrimos o Google e somos presenteados com logos que assinalam dias que nem sabíamos que existiam. Só este ano - e ainda faltam umas semanas para o fim de 2009 -, a empresa já fez 141 logos diferentes, alguns exclusivos para países seleccionados, mas todos bem engraçados. Ele foi o Dia dos Namorados (dedicado a todos os pombinhos), o Dia Internacional da Mulher, o 25.º aniversário do Tetris, o Dia da Terra (sim, porque o Planeta merece), um dedicado ao Doraemon, o gato cósmico (este foi só acessível aos japoneses, mas é bem conhecido dos seguidores do canal Panda), o aniversário de Pablo Neruda e muitos, muitos outros. A espreitar em www.google.com/logos/




quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Salvem o Torrão de Alicante

Ainda no reino da doçura, parece que a crise chegou ao Torrão de Alicante. Segundo a agência EFE, o mercado internacional já não está a comprar torrão. Como é possível? O que se passa com este mundo? Como é possível resistir ao torrão, o mesmo que povoa as memórias - a mais doces - da minha infância (nunca me esqueço das idas a Espanha, onde a compra do torrão era, mais do que uma tradição, uma obrigação)? Acho que se devia lançar uma petição para evitar o fim desta iguaria. Eu digo: salvem o Torrão!

A fraude do leite com chocolate

Hoje senti-me defraudada. E a culpa foi de um pacote de leite com chocolate. Ou melhor dizendo, com a falta dele. As elevadas expectativas criadas à volta daquele líquido - já me imaginava a saborear o sabor do chocolate, a deliciar-me com o doce -, saíram completamente goradas. É que, ao sorver um gole, o primeiro, daquele pacote todo bonitinho, percebi que sabia a tudo, menos a chocolate. O choque foi de tal forma, que tive que ir a correr comer uma bolacha recheada de chocolate - este sim, o verdadeiro. Leite com chocolate que é leite com chocolate deve saber a... chocolate.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

E vivam os animais!

Não gosto de circos. Nunca gostei. Aliás, acho mesmo que se deve ter passado qualquer coisa traumática na minha infância que a memória decidiu apagar, isto apesar da minha mãe insistir que nunca fui atacada por um leão ou coisa que o valha. Por isso, fiquei muito contente, mesmo muito contente, quando li que o Governo português tinha finalmente publicado uma lei que vai proibir, a médio prazo, a existência dos animais no circo. Acho que já era tempo de pôr fim à vida desgraçada que levam dezenas de animais espalhados pelos muitos circos que andam de terrinha em terrinha, sem quaisquer condições, a oferecer espectáculos deprimentes. Afinal, os animais também têm direitos.

Saudades do frio

Voltou o calor. E apesar de, à minha volta, toda a gente se mostrar muito satisfeita com o adiar da chegada do Outono, eu cá estou bem longe da satisfação. Já estou a imaginar as vozes de revolta contra a minha paixão pelo tempo mais fresco, mas quando digo que gosto do frio, não quero com isto dizer que gosto de passar frio ou de apanhar chuva. São duas coisas bem diferentes. O que gosto é do que acompanha o frio, ou seja, das chávenas de chocolate bem quentinho, das camisolas de golas alta, de sentir o peso das mantas quando me deito na cama, do cheiro da lenha quando anoitece, do perfume da terra molhada... E quando comparo com o que me traz à memória o calor - corpos suados, desconforto, sede - não tenho mesmo dúvidas: eu quero o frio!!

domingo, 11 de outubro de 2009

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Quero uma assim

Gosto do dormir. É um facto incontornável, apesar de, admito, ter dado as noites de sono como garantidas. Agora, que se vão tornando mais raras, o dormir tornou-se quase uma obsessão, algo sem o qual não consigo mesmo passar. Por isso é que notícias como a que ontem li no site do Expresso me dão autênticos arrepios. Noticiava o semanário, na sua página web, que há umas camas - as Hastens -, suecas como os amigos do IKEA, que desafiam quem nelas se deitar a manter os olhos abertos. Mais, dizia ainda a mesma notícia, o modelo mais elaborado, o supra sumo, é feito com crina de cavalo, algodão, linho, tudo cosido à mão, "técnica de construção de navios com pregos em madeira mais dura para os encaixes das estruturas da cama", etc, etc, etc... A Vividus, assim se chama esta preciosidade, conquistou-me. Quero uma assim para as poucas horas que as minhas de noites de sono actualmente me reservam. Mas há algo que me separa deste sonho em forma de cama: os 59 990 euros que custa.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Quem não vê é como quem não ouve?

Há um fenómeno curioso que não sei se é comum a quem usa óculos mas que eu, como quatro-olhos ou caixa-de-óculos que sou, sinto cada vez que tiro as lunetas da cara. Como se não bastasse não ver um palmo à frente do nariz, fico ainda meio surda. Ou seja, tenho muita dificuldade em ouvir o que as pessoas me dizem, já que não as enxergo bem. Acho que os cientistas que por aí andam bem podiam debruçar-se sobre este fenómeno que, na minha modesta opinião, contradiz a teoria de que quando perdemos um sentido, apuramos os restantes.

À procura de uns pulmões

O site do i tinha hoje uma notícia no mínimo insólita. Segundo consta, foram roubados os pulmões que integravam a exposição sobre o corpo humano, aquela que também já esteve em Portugal, e que agora se encontra em paragens mais distantes, Lima, no Peru.
É verdade que todos precisamos de pulmões, mas o que terá passado na cabeça de alguém para roubar os que ali se mostravam, ainda para mais que, segundo a organização, não estavam propriamente em bom estado, ultrapassa o meu simples entendimento. Se alguém os vir por aí, oferecem-se dois mil dólares de recompensa.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Obrigada, Conan

Ontem a SIC Radical brindou-nos com o Tonight Show, agora com o Conan O'Brien. Eu até gosto do Jimmy Fallon, mas o Late Night nunca mais foi o mesmo para mim desde que o Conan disse adeus e partiu para um novo horário. Por isso, o regresso do senhor ruivo foi recebido com grande ansiedade e elevadas expectativas. E eis que não desiludiu. Para além de ficar a saber que existe um americano que faz dos fritos o único item da sua ementa - come tudo frito, desde bolachas Oreo até courgettes recheadas com salsicha -, Conan deu-nos ainda a possibilidade de conhecer um jogo inventado pelo Ricky Gervais, o Offal Jim Jam, cujas palavras, quaisquer que fossem, não estariam à altura de tamanha originalidade. Obrigada, Conan e, claro, Ricky. A minha cultura geral agradece, apesar de nunca mais voltar a ser a mesma.

Prémios para lá de nobel

Sabia que as vacas dão mais leite quando têm nome? Pois é. A descoberta, de importância considerável para todos os que desejarem produzir mais leitinho, não passou despercebida e mereceu mesmo o Prémio IgNobel da Medicina Veterinária. E porque as vacas foram aqui as grandes estrelas, o prémio teve dedicatória à altura de Purslane, Wendy e Tina, as vacas «mais gentis» que uma das investigadoras diz ter conhecido. Sem elas, a vitória não teria sido possível, com toda a certeza.
Mas há mais. O prémio da Paz foi para uma dupla suíça, que determinou qual a melhor forma de levar com uma garrafa de cerveja na cabeça: de vazia, se cheia.
Um dos melhores, de acordo com a minha modesta escolha, é o da Economia. Ora graças a um grupo de investigadores islandeses, ficámos a saber que os pequenos bancos podem transformar-se em grandes e vice-versa. Acredito que o futuro da Economia nunca mais será o mesmo.
Na Física, a vitória foi conseguida por um grupo da Universidade do Texas, determinado a perceber porque é que as grávidas não caem devido ao peso da barriga.
Diamantes nascidos a partir de tequila foi a investigação que mereceu o IgNobel da Química, enquanto o da Saúde Pública foi para um trio norte-americano que conseguiu transformar um soutien em duas máscaras de gás, essencial no caso, por exemplo, de uma catástrofe nuclear.