quarta-feira, 21 de setembro de 2011

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Rodei a chave de casa, o metálico estalido a ecoar pelo hall. E depois... o silêncio.
Corri todas as divisões, como que à procura do que sabia que não ia encontrar. E de novo... o silêncio.
Sentei-me num sofá vazio, reflexo de uma sala sem vida, e esperei. À minha volta... o silêncio, o mesmo que tantas vezes procuro, que insiste em ser apenas visita ocasional, tão fugaz como a passagem dos segundos no relógio.
Hoje, tenho silêncio. Um silêncio tão ensurdecedor que nem me deixa pensar. Um silêncio com que já não sei lidar. E dou por mim a pedir os risos, as gargalhadas descontroladas, os pedidos incoerentes, as repetições, os gritos, os beijos, os amuos... A desejar o caos em que se tornou a minha vida e sem o qual, afinal, nada faz já sentido.

O meu bebé

Pesa oito quilinhos e promete pôr muitos olhos a chorar. "O meu bebé!", poderia mesmo dizer o inglês Peter Glazebrook, que a cultivou.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A Escócia do meu descontentamento

Não sei se por influência do cinema, que fez questão de fazer autênticas visitas guiadas por zonas de uma beleza difícil de esquecer, se apenas por um fascínio sem justificação racional, o facto é que tinha criado muitas expectativas à volta da Escócia, país que sempre quis visitar. E talvez por isso, porque a fasquia era tão elevada ou porque, em vez dos lochs e highlands, não fui além da versão cosmopolita, Glasgow soube a pouco. A cidade, fria e ventosa, como parece ser hábito, mesmo no Verão, contrastou com a simpatia dos locais. O desalento transmitido por muitos edifícios abandonados, pelos espaços, esquina sim, esquina não, ocupados apenas pelo acumular de pó, tornou-se contagiante. E assim fiquei, com o mesmo desejo de visitar a Escócia, pelo menos aquela que habita o meu imaginário.




quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Ughhhhhh

Hoje foi um daqueles dias em que me apeteceu mesmo dizer:


"Some cause happiness wherever they go; others, whenever they go."
Oscar Wilde

Domingo, onde estás tu

Eu sei que ainda é cedo para me queixar, que fui eu que pedi, etc, etc. Mas o calendário está sempre a olhar para mim, como que a gritar: "Amiga, domingos de folga, isso agora só no fim de Outubro!!"