quarta-feira, 21 de setembro de 2011

...

Rodei a chave de casa, o metálico estalido a ecoar pelo hall. E depois... o silêncio.
Corri todas as divisões, como que à procura do que sabia que não ia encontrar. E de novo... o silêncio.
Sentei-me num sofá vazio, reflexo de uma sala sem vida, e esperei. À minha volta... o silêncio, o mesmo que tantas vezes procuro, que insiste em ser apenas visita ocasional, tão fugaz como a passagem dos segundos no relógio.
Hoje, tenho silêncio. Um silêncio tão ensurdecedor que nem me deixa pensar. Um silêncio com que já não sei lidar. E dou por mim a pedir os risos, as gargalhadas descontroladas, os pedidos incoerentes, as repetições, os gritos, os beijos, os amuos... A desejar o caos em que se tornou a minha vida e sem o qual, afinal, nada faz já sentido.

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