terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O regresso

Depois de cinco anos com Lisboa no horizonte, em que a capital nada mais foi do que motivo de (raras) visitas, eis-me de volta e a tempo inteiro. Um regresso forçado e quase à força, sem tempo para grandes contemplações. E embora nada pareça ter mudado, é tudo diferente. O percurso, que era há cinco anos feito de forma automática, hoje custa um pouco mais. Pesam-me as pernas e falta-me a vontade para o subir e descer escadas constantes, para a correria, que deixo para os mais ansiosos, para os empurrões, de que ainda não sou exímia a desviar-me. No metro, os passageiros parecem os mesmos, as conversas não mudam muito - o tempo que vai fazer, a crise que não passa - e até os profissionais do peditório permanecem iguais (com um novo corte de cabelo ou pintura de unhas apenas a marcar a diferença). Mas ainda assim é tudo diferente. Ou pelo menos eu sou diferente. Resta-me adaptar à nova (ou velha) realidade, porque como diz toda a gente, é mesmo tudo uma questão de hábito. Ou vontade...

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