terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Comer gato por lebre, ou melhor, cavalo por vaca

A saúde pública nunca esteve em causa, dizem os senhores da ASAE ao mesmo tempo que apreendem dezenas de quilos de carne vendida como vaca, mas que é tão cavalo, tão cavalo, que só lhe falta mesmo relinchar. E eu fico a pensar: quantas toneladas de cavalo é que eu não comi já nesta minha vida? Quantos cavalinhos, animais tão simpáticos – ou até póneis, sei lá eu -, não me passaram já pelo estreito? Que haja quem, em plena posse das suas faculdades mentais, opte por incluir no cardápio cavalo, eu posso não entender (embora custe a aceitar). Mas eu, sinceramente, dispensava. Conclusão: acho que está na altura certa de me tornar vegetariana.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Elas falam mais? Pudera, eles não ouvem!

As mulheres falam mais do que os homens, diz uma psiquiatra norte-americana, que se socorre de estudos para, no livro O Cérebro Humano, constatar que as senhoras falam 20 mil palavras por dia, enquanto os homens não passam das sete mil.
Não posso dizer que tenha ficado surpreendida. Pelo contrário, o que é uma novidade para muitos, só comprova a minha teoria: que as mulheres têm que falar mais para fazer frente à dificuldade que os homens têm de nos ouvir. Sim, porque mesmo quando parece que nos devotam uma atenção extrema, a verdade é que estão a milhas, a pensar sabe-se lá no quê - ou, pior, em quem.
Por isso, forçam-nos a gastar o nosso latim, a desperdiçar palavras numa tentativa vã, sei-o bem, de conseguir transmitir uma mensagem que, na realidade, dificilmente conseguem reter. A não ser, claro, se houver interesse ou se tiverem alguma coisa a ganhar com o assunto. Ou, quem sabe, sob ameaça.


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

O que faz um casamento feliz



Qual amor, qual paixão, qual quê. Para os portugueses, ter uma casa de jeito é que importa para um casamento feliz. De 1 a 3, sendo 1 pouco importante e 2 muito importante, ter “boa habitação” está ali nos 2,2, um valor que é igual ao “ viver separado dos sogros”. Coisas giras que se podem encontrar no POP, o Portal da Opinião Pública.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Já não é Carnaval e ainda bem

E pronto. A época que muitos chamam de folia já lá vai. E, digo eu, ainda bem.
É verdade, não gosto do Carnaval. Já não gostava quando, em criança, era forçada a vestir outra pele que não a minha e, anos depois, continuo a não gostar ou perceber o fascínio pelas caraças, pelos fatos de palhaço ou matrona, pelos balões de água ou ovos que nos obrigam a estar constantemente em alerta.
E depois das festas e desfiles de gente que, sem se saber bem como ou porquê, acha que em pleno Inverno faz todo o sentido mostrar as carnes, algumas abundantes, vem o dia dos corações por todo o lado, das declarações lamechas, dos postais fora de moda, do enjoo.
Para quem não tem um osso romântico no corpo, como eu, o Dia dos Namorados é apenas (mais) uma desculpa para comer uns chocolates. Por isso, que venha a Páscoa, que aqui, pelo menos a variedade de açúcar é maior.