segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

O prazer da leitura

Foi uma emoção vê-lo a começar a juntar as letras. E mais ainda quando, este fim-de-semana, acabou o seu primeiro livro. Um livro inteiro! O rapaz já sabe ler!

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Em busca do espírito perdido

Se ainda tinha algumas dúvidas, essas dissiparam-se por completo. É oficial: perdi o espírito natalício. Não sei o que se passa comigo este ano. Talvez seja do tempo, invulgarmente quente, que me impede de sentir o frio típico da quadra e o cheiro da lenha queimada; ou talvez seja cansaço. Vou acreditar que é passageiro, qual vírus que se apanha e que, tomados os devidos medicamentos, se consegue vencer. Esta semana vou mergulhar por entre os enfeites das lojas, banhar-me nas cores natalícias, nos cheiros e tentar fazer as primeiras compras. Talvez assim consiga recuperar o espírito. Noutros anos, nesta altura até a árvore já ocupava o seu lugar, reservado para a época, adornada à altura e, à sua volta, muitos presentes assinalavam a chegada desta época tão especial. Este ano, nem sinal da árvore e muito menos das prendas. Não cheira a Natal, não sabe a Natal... 

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

40 indicadores de que pertencemos, definitivamente, à raça dos pais

Conheço todos estes 40 indicadores de cor e salteado. Mas foi engraçado vê-lo escritos e comprovar que todos os pais são iguais, que os dramas, ainda que diferentes na forma, partilham o conteúdo, que as técnicas para domar as pestes de palmo e meio, qual arsenal para uma guerra, não precisam de ser ensinadas para todos as conhecerem.

Dos 40 indicadores que provam, sem sombra de dúvidas, que sou mesmo uma mãe (como se dúvidas houvesse), chamo a atenção para o facto de deixarmos de ter nome. A designação mãe passa a dominar e não são só os filhos a usá-la. Os professores, educadores, auxiliares e até os amigos dos filhos (para quem somos a mãe do x ou do y) desconhecem o nome que foi nosso até à entrada nas nossas vidas das pequenas criaturas. Outra coisa que destaco são as nódoas, muitas, de todas as cores, qualidades e cheiros; as mentiras, que de repente passam a ser não só permitidas, como uma exigência do cargo; a probabilidade elevada de ter companhia quando vamos à casa-de-banho ou tomamos um duche; o conhecimento pouco saudável em domínios como o Bakugan.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Uma mente prodigiosa



Ramón Campayo é uma das mentes mais fascinantes do mundo. É detentor de todos os recordes mundiais de memória rápida. Bateu mais de 100 recordes do mundo, participou em mais de 60 torneiros internacionais e a velocidade do seu cérebro é a mais alta conhecida, isto para além de ter um QI de 194, que é um dos mais elevados do mundo. Apesar de decorar sequências impressionantes em apenas segundos, confessa que muitas vezes não sabe onde deixa as chaves de casa ou os óculos de sol. Fiquei contente por saber que partilhamos alguma coisa. E fiquei ainda mais contente quando me disse que há esperança para a minha memória de formiga. Afinal, não sou esquecida. Sou, em vez disso, distraída. E se é uma das mais brilhantes mentes do mundo que o afirma, quem sou eu para contrariar...

terça-feira, 1 de outubro de 2013

"Ejecção seminal"

Não sabia, mas fiquei a saber que as galinhas são dos elementos mais promíscuos do reino animal. Mas embora galdérias, isso não significa que não sejam selectivas na hora de escolher os pais dos seus pintos. E para isso, revela um estudo, praticam um método aparentemente fiável de contracepção. Fiável e bastante estranho. Dizem os cientistas que as galinhas mandam fora o esperma dos galos que não lhes enchem as medidas, a chamada "ejecção seminal".
Todos os pormenores mais sórdidos podem ser encontrados aqui.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Uma super festa

A ideia era boa... em teoria. Fazer uma festa de aniversário com 6 putos de 6 anos nem parece ser assim tão complicado. Arranjam-se uns jogos, umas brincadeiras, uns doces e pronto. Três horas passam a correr, certo?! Mais ou menos. Os enfeites foram criados. O tema era super heróis e apesar do meu fraco desempenho nos trabalhos manuais, lá fiz uns copos;
uns chupas;
umas embalagens para as pipocas;
uma faixa, uma pinhata cheia de doces, uns posters, enfim, tudo a rigor. Inventámos uns jogos, a que demos o nome pomposo de missões para os apirantes a super heróis.
Em teoria, tudo controlado. Na prática... pois que não foi bem assim. Falhou um pormenor. É que os 6 putos de 6 anos têm ideias próprias, vontades próprias, que por acaso não estavam bem em sintonia com as dos adultos.
Para eles, foi pura diversão. Para mim, digamos que dei graças por apenas celebrarmos o aniversário uma vez por ano.


quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Chamamentos nocturnos

"Mãe!!!! Ó mãe!", chamou ele.
Olhei para o relógio, batiam as quatro da matina.
"Mãeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee! Mãe!"
Vou ignorar, pensei eu, enquanto ele me chamava desalmadamente.
"Então? Mãeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee"
Levantei-me sempre com os olhos fechados. A tarefa dificultada pelo pontapé dado em não sei bem o quê.
"O que foi?", perguntei-lhe.
....
"O que querias?", voltei a perguntar.
"Jã não me lembro. Até amanhã". E virou-se para o outro lado.

É nestas alturas que eu constato a dimensão do amor de mãe. Amor que esteve seriamente ameaçado pela minha vontade de lhe sacudir o pó.

sábado, 14 de setembro de 2013

Borboletas no estômago

Sempre adorei os momentos que antecediam o regresso às aulas. As compras de novos cadernos, a escolha da mochila, os lápis, o cheiro a novo dos livros. Este ano esse cheiro voltou a encher-me a casa. E apesar de os livros não serem meus, ainda que não seja eu a embarcar nesta nova aventura, as borboletas regressaram ao meu estômago. Os seis anos fazem destas coisas. Seis anos! E parece que foi ontem que o estava a receber nos braços...

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

"As mães não se medem às mamadas"


Não dei de mamar ao meu filho. É um facto. Não o fiz por opção e sim por impossibilidade, mas isso até nem importa. Por isso gostei tanto do texto de opinião da Sofia Anjos publicado hoje no Público - "As mães não se medem às mamadas". Porque reconheci nele a indignação que sinto, resultado dos olhares - equivalente ao dedo espetado reprovador - que recebo quando digo que não amamentei.

"Dei de amamentar três meses. Isso coloca-me num meio-termo, não sou boa nem má, fico ali em purgatório matriarcal até decidirem que juízo dar a esta média. Contas feitas, quem amamenta seis meses é uma boa mamã, quem amamenta dois meses é uma mamã menos boazinha. As que ultrapassam os seis meses são profissionais e as que ultrapassam um ano são as minhas preferidas, são as mamãs prodígio.
Sou a favor da amamentação para quem o queira fazer, mas dá-me algum formigueiro toda a panóplia de dissertações que colocam a amamentação num pedestal como se isso definisse o tipo de mamã que vais ser.
Nunca vi nenhum cartaz a publicitar o Dia da Mãe com uma mulher de mamas de fora."

"Os benefícios são irrefutáveis - sinto a consciência mais levezinha por a minha bebé ter recebido o meu leite. Só que a questão da alimentação não se resume a amamentar seis meses um bebé com leite materno exclusivo para depois andarem toda a infância a anafá-lo a bolos. Cá as minhas mamas não vão ser bolas de Berlim. A verdade é que, passado o tempo dos fundamentalismos com o leite materno, os bebés tornam-se crianças pupilas da fila dos menus do McDonald's."

Quando for grande vou ser... chefe

- "Quando for grande vou comprar uma casa, um carro e o jogo dos Skylanders", diz ele, à beira dos 6 anos.
- "Mas sabes, para isso é preciso trabalhar muito", esclareço eu.
- "Não é preciso. É que quando for grande eu vou ser chefe. Por isso, não tenho que trabalhar muito mas vou ganhar muito mais."

E a conversa acabou ali, comigo sem capacidade de resposta.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Rabo ou puns: a animação garantida




É impressionante o efeito que palavras como ‘rabo’, ‘cocó’, ‘puns’ ou ‘chichi’ podem ter num rapaz de cinco anos. É o reportório perfeito para uma animação garantida.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Haja alegria no trabalho... com álcool

“Vamos convir que o trabalho não é agradável (…) Note-se que, com álcool, o trabalhador pode esquecer as agruras da vida e empenhar-se muito mais a lançar frigoríficos sobre camiões, e por isso, na alegria da imensa diversidade da vida, o público servido até pode achar que aquele trabalhador alegre é muito produtivo e um excelente e rápido removedor de electrodomésticos.”
E com estas palavras, o Tribunal da Relação do Porto dá razão ao funcionário de uma empresa de recolha de lixo, despedido por trabalhar sob o efeito do álcool.

terça-feira, 2 de julho de 2013

mIRC está vivo

A notícia era clara: o Facebook está a testar salas de chat à semelhança do mIRC. Mas nem foi isso que me surpreendeu. O mIRC foi um sucesso no seu tempo e não é, por isso, de estranhar que o queiram recuperar. O que eu não estava mesmo à espera era de saber que, afinal, o mIRC não precisa de ser recuperado porque... e esta é a grande surpresa, está vivo. Confesso que fui a correr à procura. E encontrei-o. Mas o grande momento, aquele em que terei possibilidade de voltar às salas que mudaram a minha vida, esse foi adiado pela incapacidade ténica de instalar o mIRC no meu computador.
Mas em breve voltarei, embora saiba que não será o mesmo. E nem eu queria que fosse.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Chicago, Chicago

Acho que digo sempre a mesma coisa. Que me tornei repetitiva, um disco riscado. Mas não há mesmo melhor que o regresso a casa. Por mais interessante que uma viagem seja, por mais amigos novos que se façam, lugares diferentes que se conheçam, prefiro sempre o conhecido, a rotina, o mundo que é só meu e que dá sentido à minha existência.

Chicago é uma bonita cidade. A simpatia é contagiante, mesmo para alguém como eu, que não tem por hábito espalhar boa disposição. A desconfiança da genuidade dos 'Hello, how are you?', constantes ao longo do dia, acabou por ser substituída pela certeza de que eram sinceros, assim como sincero era também o desejo de que nós - visitantes - nos sentíssemos bem.
Apesar do frio, que foi uma constante, e do vento gélido, Chicago é uma cidade quente. Uma cidade acolhedora, que sabe receber. Não fosse a distância e a tortura de nove longas horas de voo e ficaria o desejo de um regresso.




segunda-feira, 3 de junho de 2013

Chicago

Já percebi porque é que Chicago é conhecida como a windy city.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

O peso das saudades (antecipado)



É engraçado como o entusiasmo inicial (e genuíno) que antecede mais uma (longa) viagem se transforma, à medida que se aproxima a data da partida, numa vontade de por cá ficar. Chicago pode ter muitos encantos, mas não chegam para compensar as saudades de casa.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Prontos para todo o serviço

Confesso aqui o meu fascínio pelo trabalho da GNR, que tem tanto de difícil como de diversificado.
Depois de, na segunda-feira, ter anunciado a apreensão de vários quilos de «amêijoa e berbigão indocumentados» - ilegais, portanto -, ontem lançou uma operação de busca a... dois touros de 500 quilos que fugiram do criador em Viana do Castelo. Uma acção perigosa, tanto mais que, avançava a informação da Lusa, um dos touros «não estaria muito habituado ao contacto com pessoas».

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Conversas bicudas



As conversas estão cada vez mais animadas. E começam a complicar-se (para o meu lado, claro). Os 5 anos trouxeram com eles ainda mais perguntas (a idade dos porquês começou aos 3 e parece não ter fim à vista), algumas de resposta difícil. Como aquela que começou com um olhar demorado nas suas pernas.

- “Mãe, eu tenho as pernas tão compridas! Porque é que a minha pilinha é tão pequena e as pernas tão grandes?”

Confesso que fui apanhada desprevenida. Não estava mesmo à espera e não fui capaz de dar uma resposta à altura de um bom livro de psicologia infantil.

- “Mas tu querias ter a pilinha do tamanho das pernas?”, perguntei eu, na esperança de que a coisa ficasse por ali.
- “Não sei... mas a pilinha vai crescer, não vai?”

Decidi retirar-me. Quando não os podemos vencer, o melhor mesmo é fugir. E eu não tinha mesmo forma de sair por cima daquela conversa.

terça-feira, 23 de abril de 2013

A dieta do coma tudo e beba Coca-Cola




Ainda mal refeita da perda de uma entrevista de 56 minutos, que acabou por se conseguir recuperar, ainda que não na sua totalidade (por isso é que continuo a defender, sob pena de ser considerada Velho do Restelo, que estas coisas dos gravadores são muito bonitas, mas não há melhor que escrever), decidi que está na hora de experimentar a dieta Dukan. É certo que uma coisa não tem nada a ver com a outra, mas isso também não interessa nada.

“A dieta de Beyoncé, Kate Middleton, Jennifer Lopez, Nicole Kidman, Gisele Bundchen e Penélope Cruz”, como diz na capa do livro, não me conquistou logo à primeira. Nada disso. Foi preciso ir até à página 99, que é aquela onde está o resumo deste regime alimentar, para perceber que pode ser desta que consiga seguir uma dieta.

E isto porque, logo para começar, a dieta não dura mais de 10 dias. Mas isto é para os casos graves, o que, felizmente não é o meu. Para mim, bastam cinco dias. 

Começamos bem. A seguir, o senhor Pierre Dukan, que tem mais de 40 anos de experiência em nutrição clínica, diz que não só aconselha que se beba Coca-Cola (desde que light), como recomenda. Depois, diz ainda: “podem comer o que quiserem ou o que mais vos convenha sem limite de quantidade e a qualquer hora do dia”. Mas atenção: não é tudo, tudo. Só se pode comer aquilo que consta na lista do senhor. Por exemplo, carnes magras, todo o tipo de peixe, todo o tipo de marisco, carne de aves, ovos, lacticínios magros, 1,5 litros de água, café, chá, tisanas, mostarda e mais umas coisinhas. E o resultado: para uma dieta de 5 dias, as perdas de peso variam, “habitualmente, entre os 2 e os 3 quilos”. 

Tá feito. Daqui a cinco dias ninguém me vai reconhecer.


terça-feira, 26 de março de 2013

Emoções contagiosas

Elsa Punset, uma espanhola especialista em educação emocional, diz, no seu livro 'Uma Mochila para o Universo', que o «pessimismo é contagioso». De resto, segundo ela, todas as emoções são contagiosas, sobretudo as negativas. O que explica muita coisa.

Mas diz mais. Diz, por exemplo, que um bom abraço deve durar pelo menos seis segundos. «O abraço faz-nos sentir bem, alivia a solidão, ajuda a superar os medos» e, não menos importante, «as pessoas que abraçam envelhecem mais devagar». O que também ajuda a explicar porque há pessoas, tão novas de idade, mas tão velhas de espírito. Uns abracinhos resolviam muitos dos seus problemas.

«Sentimo-nos confortáveis e mais felizes se tivermos entre cinco e 12 amigos ou relações próximas», diz ainda Elsa Punset. Correndo o risco de me repetir, mais uma vez isso ajuda a justificar tanta coisa. Mas o que a especialista não diz é que há pessoas com as quais é impossível estabelecer relações de amizade, pessoas amargas, que destilam ódio e inveja e que apenas parecem bem quando os outros estão mal. E, digo eu, mais difícil do que viver com as nossas emoções, é conseguir controlá-las para nos tornarmos imunes a pessoas como estas. Coisa que ainda não consegui.

quarta-feira, 20 de março de 2013

A paciência é uma virtude, diz-se. Logo, eu sou tudo menos virtuosa.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Comer gato por lebre, ou melhor, cavalo por vaca

A saúde pública nunca esteve em causa, dizem os senhores da ASAE ao mesmo tempo que apreendem dezenas de quilos de carne vendida como vaca, mas que é tão cavalo, tão cavalo, que só lhe falta mesmo relinchar. E eu fico a pensar: quantas toneladas de cavalo é que eu não comi já nesta minha vida? Quantos cavalinhos, animais tão simpáticos – ou até póneis, sei lá eu -, não me passaram já pelo estreito? Que haja quem, em plena posse das suas faculdades mentais, opte por incluir no cardápio cavalo, eu posso não entender (embora custe a aceitar). Mas eu, sinceramente, dispensava. Conclusão: acho que está na altura certa de me tornar vegetariana.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Elas falam mais? Pudera, eles não ouvem!

As mulheres falam mais do que os homens, diz uma psiquiatra norte-americana, que se socorre de estudos para, no livro O Cérebro Humano, constatar que as senhoras falam 20 mil palavras por dia, enquanto os homens não passam das sete mil.
Não posso dizer que tenha ficado surpreendida. Pelo contrário, o que é uma novidade para muitos, só comprova a minha teoria: que as mulheres têm que falar mais para fazer frente à dificuldade que os homens têm de nos ouvir. Sim, porque mesmo quando parece que nos devotam uma atenção extrema, a verdade é que estão a milhas, a pensar sabe-se lá no quê - ou, pior, em quem.
Por isso, forçam-nos a gastar o nosso latim, a desperdiçar palavras numa tentativa vã, sei-o bem, de conseguir transmitir uma mensagem que, na realidade, dificilmente conseguem reter. A não ser, claro, se houver interesse ou se tiverem alguma coisa a ganhar com o assunto. Ou, quem sabe, sob ameaça.


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

O que faz um casamento feliz



Qual amor, qual paixão, qual quê. Para os portugueses, ter uma casa de jeito é que importa para um casamento feliz. De 1 a 3, sendo 1 pouco importante e 2 muito importante, ter “boa habitação” está ali nos 2,2, um valor que é igual ao “ viver separado dos sogros”. Coisas giras que se podem encontrar no POP, o Portal da Opinião Pública.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Já não é Carnaval e ainda bem

E pronto. A época que muitos chamam de folia já lá vai. E, digo eu, ainda bem.
É verdade, não gosto do Carnaval. Já não gostava quando, em criança, era forçada a vestir outra pele que não a minha e, anos depois, continuo a não gostar ou perceber o fascínio pelas caraças, pelos fatos de palhaço ou matrona, pelos balões de água ou ovos que nos obrigam a estar constantemente em alerta.
E depois das festas e desfiles de gente que, sem se saber bem como ou porquê, acha que em pleno Inverno faz todo o sentido mostrar as carnes, algumas abundantes, vem o dia dos corações por todo o lado, das declarações lamechas, dos postais fora de moda, do enjoo.
Para quem não tem um osso romântico no corpo, como eu, o Dia dos Namorados é apenas (mais) uma desculpa para comer uns chocolates. Por isso, que venha a Páscoa, que aqui, pelo menos a variedade de açúcar é maior.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Amor sem fim... aos 5

Ele foi incapaz de lhe resistir. Não conseguiu ignorar a sua boa disposição, a simpatia contagiante. O nome dela fazia-o tremer e o rubor tomava-lhe conta da face quando falava nela. Escreveu-lhe uma música, que nunca teve coragem de lhe cantar. "Amor sem fim, amor sem fim", cantarolou vezes sem conta, sozinho. Escreveu inúmeras vezes a inicial do nome dela e irritou-se quando ela deu atenção a um colega, quando partilhou brincadeiras com alguém que não ele.

Paixão, ciúme, saudade, estes podiam ser os ingredientes de uma qualquer história de amor. Até aqui, sem surpresas. O que me deixa de boca aberta é que o interveniente masculino deste romance tem cinco anos feitos há quatro meses! Parece que, afinal, o amor não escolhe mesmo idades. E está mais que provado que as crianças crescem muito depressa!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Sinais do tempo

Não sei se é triste, se apenas deprimente. Mas é um facto: embora não tenha visto qualquer dos filmes nomeados para o Melhor Óscar, não escapou nenhum dos que integram a lista de candidatos a melhor filme de animação.