As conversas
estão cada vez mais animadas. E começam a complicar-se (para o meu lado,
claro). Os 5 anos trouxeram com eles ainda mais perguntas (a idade dos porquês
começou aos 3 e parece não ter fim à vista), algumas de resposta difícil. Como
aquela que começou com um olhar demorado nas suas pernas.
- “Mãe, eu
tenho as pernas tão compridas! Porque é que a minha pilinha é tão pequena e as
pernas tão grandes?”
Confesso
que fui apanhada desprevenida. Não estava mesmo à espera e não fui capaz de dar
uma resposta à altura de um bom livro de psicologia infantil.
- “Mas tu
querias ter a pilinha do tamanho das pernas?”, perguntei eu, na esperança de
que a coisa ficasse por ali.
- “Não
sei... mas a pilinha vai crescer, não vai?”
Decidi
retirar-me. Quando não os podemos vencer, o melhor mesmo é fugir. E eu não
tinha mesmo forma de sair por cima daquela conversa.
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