quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Evolução, onde??

Eu já desconfiava que não estamos a ficar mais espertos ou fortes, mas nunca pensei que, numa corrida, ficássemos atrás dos soldados romanos. Eis algumas das conclusões das mais recentes investigações:

- os habitantes de Atenas remavam com mais força e durante mais tempo que os actuais campeões olímpicos;

- no lançamento do dardo, ninguém (nem mesmo hoje) consegue bater os aborígenes;

- o maior garanhão da história foi... Gengis Kahn, que deixou 16 milhões de descendentes;

- as mulheres Neandertais tinham mais força que Arnold Shwarznegger;

- os soldados romanos corriam uma maratona e meia por dia, carregados com metade do seu peso em equipamento.

Palmas para eles!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Este ano vou...

E pronto. O Natal já lá vai e agora é tempo de fazer as costumeiras listas de Ano Novo, as promessas e decisões, enfim, tudo aquilo que, na maior parte das vezes, não passa mesmo do papel. Por isso, decidi fazer uma coisa diferente e em vez de me pôr a divagar sobre coisas que a minha preguiça e comodismo me vão impedir de cumprir, aposto em vez disso no realismo e naquilo que sei que vou conseguir mesmo realizar:

1 - vou continuar sem paciência para certas e determinadas pessoas e nem os novos cabelos brancos, sinal inequívoco de que os anos realmente não perdoam, vão significar ânimo redobrado para aguentar algumas coisas;

2 - vou manter-me fiel aos meus princípios, ou seja, os doces não vão desaparecer lá de casa e não vou prometer deixar de comer os chocolates do G., já que isso é coisa que não se pede, nem mesmo a uma mãe;

3 - vou continuar a render-me a um determinado par de olhos verdes, aqueles que me conquistaram há já nem sei quantos anos, mas que por um qualquer mistério me continuam a prender com a mesma força;

4 - vou tentar (atenção, que é apenas uma tentativa!) estar mais atenta ao telefone e responder aos que me ligam e deixam mensagens. Mas a aversão ao aparelhinho que teima em invadir a privacidade do meu lar não parece estar longe de chegar ao fim;

5 - finalmente, vou tentar dar um pouco mais de atenção aos amigos... Sei que sou uma desnaturada, mas a festa de inauguração está para breve e com ela procurarei redimir-me de algumas falhas...

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Em modo natalício


Em modo natalício... Hoje é dia de atacar os tachos e panelas. E porque o engenho no que às artes culinárias diz respeito não abunda para os meus lados, sorte é mesmo aquilo que eu preciso. Como é que se deseja sorte a quem vai cozinhar? Se aos actores se deseja que partam uma perna, será que aqui a ideia é: parte um ovo?

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Ladrão disfarçado de sismo

Ao contrário de todos os que experimentaram surpresa, medo ou pânico, a minha primeira sensação quando soube que tinha havido um tremor de terra foi... alívio. Passo a explicar: quando a terra tremeu eu encontrava-me, como acredito se encontravam outros milhares, quiçá milhões de portugueses, no meu merecido descanso, já a dormir. Mas se a força do abalo não foi suficiente para que percebesse que tinha sido um sismo, deu para me acordar e me pôr em estado de alerta.
Ao contrário do poema, não pensei se teria sido chuva ou vento, mas ia jurar ter sentido um movimento no interior da minha rica casinha, movimento esse que, porque estávamos todos a dormir, só podia ser atribuído a alguém de fora. Crente de que tinha um larápio em casa, e depois de ter tentado transmitir o meu receio, sem qualquer sucesso (há gente que nem que a casa caísse daria por isso), ao ser que comigo partilha a cama, ainda pensei tapar-me até às orelhas e esperar que tudo não passasse de um sonho. Mas, qual heroína de um filme de acção (daqueles meio manhosos, admito, já que nem um alfinete eu tinha para me defender), saltei da cama decidida a enfrentar quem se tinha atrevido a invadir-me o lar.
E lá fui, no meio da escuridão, quebrada aqui e ali pela ténue luz do candeeiro da rua que entrava pelas janelas do hall. Do quarto à casa de banho, da cozinha à sala, do quarto do G. (onde até debaixo da cama espreitei) à entrada do sótão... Nada, nem sinal do intruso.
Depois, voltei para a cama, ainda a tremer (eu, não a casa) e esperei que o assaltante, que acreditava então estar escondido algures por ali, não me atrapalhasse mais o sono. De manhã, quando ouvi falar em sismo, só pensei: ah, que alívio. Foi só mesmo a terra a tremer.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Às vezes gostava de...

Às vezes assusto-me comigo, com as minhas reacções intempestivas, com os gritos que me fogem da boca sem quase dar conta, com as palavras que gostava de nunca ter dito...
Às vezes, gostava de poder fazer o tempo voltar para trás, de poder apagar um ou outro momento, de me tornar mais reflectida, menos impulsiva, mais racional no que às palavras toca... Às vezes, gostava de ser mais calma...

Pedido ao Pai Natal

Eu adoro o Natal. Adoro as luzinhas, as mesas fartas, os presentes, os encontros - os planeados e os inusitados - e até adoro a dor de barriga que surge depois dos muitos abusos, gastronómicos e não só. Mas esta é mesmo a pior altura para a época do Natal. O que fazer quando o tempo não chega para tudo? Acho que vou pedir ao Pai Natal para, só desta vez, marcar o natalito para um pouco mais tarde...

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Algumas imagens que marcaram o ano












A lista é da Time; a escolha foi minha.














segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Obrigada, mãe e pai

Desde sempre me disseram que pareço mais nova do que aquilo que realmente sou. Se há uns tempos isto era das piores coisas que me podiam dizer - já me bastou a vergonha de, com quase 23 anos, ter sido proibida de entrar num casino (tinha-me esquecido do BI e não tinha como provar ser maior de idade) -, hoje admito que é bom ouvi-lo. Por isso, quando vi um artigo sobre pessoas que não aparentam a idade que têm fiquei mesmo contente. Diz o estudo, realizado por um grupo de especialistas dinamarqueses e publicado no British Medical Journal (uma coisa à série, portanto!), que parecer mais novo do que a idade real é motivo de felicidade, já que isso significa que se poderá ter uma vida mais longa, pelo menos quando comparado com os que parecem mais velhos. A explicação parece estar no ADN - sempre soube que tinha bons genes!!! É mesmo caso para dizer: obrigada mãe e pai!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O que se passa com os trintões?

Não me devia ter surpreendido, mas os dados ontem divulgados pelo Eurostat sobre os estilos de vida dos jovens acabaram por me conseguir arrancar um "a sério?". De acordo com os números, 69% dos jovens até aos 30 anos admitiam ter ido, pelo menos uma vez nos últimos 12 meses, ao cinema. Até aqui, tudo bem. O pior foi quando perguntaram o mesmo aos maiores de 30 - apenas 21% tinham estado numa sala de cinema nesse mesmo espaço temporal. Mas há mais. Quando se perguntava sobre a frequência de espectáculos ao vivo, a tendência das respostas era igual. Ou seja, 70% dos sub-30 tinham sido espectadores, enquanto apenas 35% dos trintões o tinham feito. Afinal, o que raio se passa quando se ultrapassa a barreira dos 30? É verdade que a paciência vai sendo menos, que os afazeres, sobretudo para quem é pai de filhos, se multiplicam, que os dias parecem não ser suficientes para tudo o que se tem para fazer e que o sofá se torna um poderoso íman, ao qual é tantas vezes difícil de resistir... Mas mesmo assim.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Morte por aborrecimento

Não costumo ser mórbida, ou pelo menos não mais do que o ser humano normal, mas não resisti a um artigo sobre a morte. É que, sendo certa para todos, pode ser bem diferente e, dizia o texto, até mesmo estranha. Isadora Duncan, por exemplo, uma famosa bailarina norte-americana dos anos 20, morreu estrangulada quando a echarpe que usava ficou presa na roda do carro em que seguia; o escritor Tennessee Williams morreu sufocado com uma carica. Depois, há uma causa de morte que me deixou aterrorizada: um rapaz britânico de 16 anos que morreu de ataque cardíaco depois de ter sido exposto a demasiado... desodorizante (a prova que, às vezes, o cheiro a sovaco, ainda que desagradável, pode ser bem mais seguro).
Mas há mais. No século XVI, um homem morreu carbonizado quando, ao tentar fugir de um incêndio, tropeçou na barba (media 1,4 metros). A lista continua com a morte por soutien. Parece que, em 1999, uma mulher perdeu a vida quando a armação do soutien serviu de condutor a um raio no meio de uma tempestade.
Tudo isto me fez pensar que até pode não estar muito longe da verdade o que sinto em alguns dias: que posso mesmo morrer de aborrecimento.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Quando?

Quando, quando, quando?? Quando é que vou poder estar, perna estendida, cabeça encostada num regaço quente, lareira acesa, a ouvir o barulho do mar que invade o meu quarto? Quanto é que vou poder sentir o cheiro da comida caseira a encher a cozinha? Quando é que vou pegar na chave, rodá-la na fechadura e dizer: !cheguei a casa!"? Nunca uma espera me pareceu tão longa...

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O que os olhos não vêem II









1 - O milagre da vida - óvulo e espermatozóides
2 - Nervo sensorial na ponta de um folículo de cabelo (M. I. Walker)
3 - Uma célula de um carcinoma do pulmão (Anne Weston)
4 - Intestino delgado de um rato (Paul Appleton)

O que os olhos não vêem


Porque o fim de 2009 já está à espreita, é tempo de fazer balanços e coisas do género. A Science tem uma série de galerias com fotografias simplesmente fantásticas. É de ver e chorar por mais (http://www.science.com/). Esta é de um pedaço de pele queimada (Anne Weston, Wellcome Images).

Onde estão as Piratas?


Numa viagem (mais uma) pelas ruas da memória, deparei-me com elas, ou o que delas restava. Já não existem, saíram de moda, substituídas que foram por outras quaisquer com uma embalagem mais colorida, mais agradável à vista e até, dirão alguns, mais gostosas ao paladar. Mas, contraponho eu, nenhumas conseguem igualar o que encerram aquelas pastilhas. Era nelas que pensava quando o meu pai chegava a casa, eram elas que procurava nas suas mãos, quando entrava pela porta e anunciava, com aquele ar de quem sabe tudo, que tinha uma coisa para mim. Eram elas que se me colavam aos dentes e que, não raras vezes, imaginava coladas no interior da barriga, depois de terem escorregado, a toda a velocidade, pela garganta. E eram elas o presente que, todos os dias, o sr. Manuel e a D. Aldelaide, do minimercado Ferreira nos davam quando chegávamos da escola e por lá parávamos, ávidos dos seus miminhos em forma de doces. Já não existem, mas ficam nas recordações que guardo delas e na colecção de cromos de comboios, a única caderneta que consegui encher por completo, fruto de centenas de mastigadelas que até podem ter dado origem a uma ou outra cárie, mas que valeram mesmo a pena!!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Tempo, tempo

Submersa em trabalho e caixotes, fruto de uma mudança de casa que parece nunca mais chegar, sobra tempo para pouco. É pena que o tempo não seja como a plasticina, que não estique e encolha a belo prazer.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Perfeição materna

Ser uma mãe perfeita é o desejo, acho eu, de todas as progenitoras, pelo menos as dignas do nome. E para os miúdos norte-americanos, segundo o The Baby Website, que entrevistou três mil com idades entre os seis e os 15 anos, os ingredientes para o conseguir são simples:
1.º - ser uma fada do lar, daquelas que lavam e passam a ferro, que cozinham todas as refeições em menos de meia hora (não esquecendo os bolinhos) e deixam a casa num brinquinho;
2.º - deixar os putos ver toda a televisão que quiserem, à hora que suas excelências de palmo e meio o solicitarem;
3.º - estar disponível para as brincadeiras quando os pirralhos o desejarem, é claro, isto dentro e fora de casa;
4.º - não poupar os elogios.
Resumindo e concluindo: ser uma escrava da casa, não ter outros interesses para além dos filhos, não impor regras, não castigar... Ou seja, tudo aquilo que eu não sou e, mais do que garantido, nunca virei a ser. Desculpa, filho, mas no meio disto tudo, a única coisa que levas é brincadeiras que, concordo, nunca são demais e mimos, muitos mimos.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Vá de retro

Não tenho paciência para gente maldisposta, que descarrega as frutrações em cima dos outros. Já tive que lidar com mal-amados que chegue. Por isso digo: vá de retro maldisposto!

Mostra-me uma foto, dir-te-ei quem és

Uma imagem vale mais que mil palavras. Há muito que o ditado se tornou premissa de verdade. E foi a esta conclusão que chegou um grupo de investigadores da Sanoma State University, que analisou as fotografias que ilustram os perfis nas redes sociais. Para os cientistas, as fotos transmitem a nossa personalidade. Este é apenas um dos lados do trabalho dos investigadores, os mesmo que avançam ainda ser possível manipular as imagens para conseguir proveitos. Por exemplo, para os que querem parecer extrovertidos, o melhor mesmo é treinar uma pose energética e colocar na cara um sorriso, de preferência pouco amarelo. Já para os que gostariam de parecer o que não são, o conselho é vestir de forma diferente, o mesmo é dizer, pouco arrumadinha.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Mãozinhas para que vos quero

Não percebo qual o fascínio dos espanhóis com a masturbação. Primeiro, foi a notícia de que, no país vizinho, foi criado um curso que versa sobre o mesmo tema, para ensinar os jovens entre os 14 e os 17 anos, o que, escusado será dizer, deixou muitos paizinhos exaltados. Agora, o El Mundo descobriu que, em 2000, a MTV censurou um videoclip do Enrique Iglesias em que o macho latino dava uso às mãozinhas (www.elmundo.es/elmundo/2009/11/16/cultura/1258390279.html).

A verdade do Espaço 1999


Afinal, o Espaço 1999 não estava tão errado como isso, apenas um pouco à frente. Ok, ainda não estamos instalados na lua, como estavam os habitantes da Moonbase Alpha, mas esta poderá vir a ser uma possibilidade real. Depois da descoberta recente da Nasa, que encontrou grandes quantidades de água no satélite natural da Terra, ganha nova força a criação de uma estação lunar. Mais uma vez, a realidade parece querer imitar a ficção.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Walk down memory lane


Gosto muito de fazer arrumações, aquelas que nos fazem remexer as gavetas fechadas há séculos e descobrir tesouros que nos levam em viagens pelas ruas da memória. Foi num destes momentos de súbita transformação em fada do lar que encontrei o meu primeiro diário. Tinha oito anos, andava na 3.ª classe e as páginas, que o passar dos anos tingiu de amarelo, revelam outras épocas: os tempos da Janela Mágica, do Regresso e Vingança; tempos em que tudo parava para ver o Natal dos Hospitais; em que os Jogos sem Fronteiras nos faziam roer as unhas e torcer por Portugal com um patriotismo que já não se usa. Confirmei que já então gostava de escrever, ainda que o meu forte na altura não fosse a eloquência; que nunca gostei do Carnaval, nem mesmo daquele em que me mascarei de Minnie, com a saia às bolinhas e as coulottes; descobri que, há 20 anos, não gostava de peixe, iguaria que teve direito a uma entrada de uma página no diário e percebi que há muitos momentos que a memória apagou, como aquele Natal em que recebi um livro com a história do D. Quixote. Anos depois, as brincadeiras deram lugar aos amigos por correspondência, que me faziam correr todos os dias para a caixa do correio, tanta era a ansiedade de receber as cartas vindas da Finlândia, Canadá ou Índia; aos centros de férias com os seus jogos de pista; às mesadas que não chegavam para pagar as pilhas do Walkman ou o Clearasil; à tristeza pela morte da Milau, a cadela dos meus avós. Mais tarde ainda, as brincadeiras com a Tucha deram lugar a preocupações do género: "será que ele gosta de mim?", às idas ao cinema mais para ver as vistas do que propriamente os filmes, às festas da escola que não perdia, apesar da proibição parental, aos amigos de quem nunca me consegui despedir... Como é bom fazer arrumações!

Chez Lulu



Quando tinha sete ou oito anos, o ponto máximo do meu dia era ver os desenhos animados ou brincar com as bonecas. Hoje, as miúdas com esta idade não perdem tempo com coisas tão infantis. Bem sei que os tempos são outros mas - e correndo o risco de cair num discurso que me torna velha -, não consegui evitar a surpresa ao ler um artigo que hoje se destacava no site do El Mundo. Dizia então a peça que, na hora de celebrar os aniversários, as miúdas libanesas já não convidam as amigas para um lanchinho em casa. Em vez disso, trajadas com os seus robes cor-de-rosa, a tonalidade das princesas dignas do nome, arranjam as unhas, tratam dos cabelos, dedicam-se aos tratamentos faciais, tudo isto enquanto discutem as suas séries preferidas. Ao que parece, os spas para crianças são o que está a dar e o jornal dá o exemplo do Chez Lulu, que recebe centenas de meninas todos os fins-de-semana. Confesso que fiquei intrigada e uma busca mais atenta encontrou, no site NowLebanon, uma imagem que mostra uma aspirante a princesa a tratar da sua imagem, que isto de ser princesa é coisa exigente. Eu sei que a grande maioria das mulheres, eu incluída, não resistiram, em criança, a experimentar o batom das mães ou a tentar o equilíbrio nos sapatos de saltos altos. Mas isto parece-me um pouco demais. E aqui volta uma vez mais o discurso de velha: que saudades dos tempos em que a única preocupação das miúdas era chegar a tempo da escola para ver a Kandy das Neves!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Plástico = gourmet




Quem é que nunca se rendeu à comida de plástico, como aquela que enche as máquinas estacionadas nos locais de trabalho, que atire a primeira pedra. Mas para os muitos que não têm outra alternativa senão os pacotinhos de batatas fritas, os chocolatinhos ou as sandes com recheio duvidoso, fica a ideia de que é possível transformar tudo isto em refeições gourmet. Pelo menos é o que garante Emilie Blatz, a designer responsável por transformações que mais parecem milagres. É verdade que, por cá, ainda não temos muitas das opções que existem nas máquinas internacionais, mas pelo menos fica-se com a certeza: ainda há esperança. Para ver em: http://www.core77.com/

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

I'm Luke

Hoje apetecia-me ser o Luke, ter cinco anos, e andar a passear no JCB do meu pai.

http://www.youtube.com/watch?v=k3WhQB7Hq0Q

Pretérito muito presente

Há capítulos que damos como encerrados, situações enterradas no mais fundo da nossa memória e que, por vezes, chegamos mesmo a duvidar que aconteceram, de tão distantes que parecem. Mas por vezes esse passado reaparece... E nem é preciso muito. Basta uma cara com que nos cruzamos que, de tão familiar, nos leva a desenterrar o que gostaríamos que tivesse ficado soterrado no fundo da pilha das recordações. Às vezes gostava de conseguir esquecer completamente, de apagar, de limpar, de erradicar essas lembranças que me fazem estremecer, que me remetem para uma mistura de emoções. Às saudades, sobretudo da pessoa que era, dos bons momentos, das escolhas tantas vezes levianas, pouco racionais, que é como todas deviam ser, junta-se a raiva, o medo, o alívio de me ter conseguido libertar. Ninguém disse que os encontros com o passado tinham que ser bons. Mas porque raio é que o pretérito tem de voltar a ser presente?

domingo, 8 de novembro de 2009

In teardrops we trust

Sou uma chorona. Isto é o mesmo que dizer que choro por tudo e por nada: choro nos filmes mais lamechas; choro no cúmulo da maior irritação; choro forçada pelas saudades; choro até quando estou mesmo muito feliz... Enfim, chorar é mesmo comigo. E de acordo com um estudo israelita, ainda bem que sou uma chorona. Diz a investigação 'Trust in a teardrop', levada a cabo pela Universidade de Tel Aviv, que as lágrimas reforçam vínculos interpessoais, funcionam como um pedido de ajuda e podem - isto é importante em tempos de guerra - amansar os inimigos. E a reportagem onde li esta constatação fantástica, pelo menos para mim, dá ainda a conhecer outras coisas. Por exemplo, que na Grécia Antiga chorar era permitido aos homens, mas não às mulheres, a quem cabia serem fortes e equilibradas. Mais tarde, no século XVIII, a época de todos os romantismos, chorar era permitido em público, já que o drama era o prato do dia. Nos tempos da Revolução Industrial, em pleno século XIX, as lágrimas podia rolar da face de homens e mulheres desde que de classes baixas - na das elites nunca!

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Dormir como quem?

Sempre gostava de saber quem é que foi a alma iluminada que decidiu que 'dormir como um bebé' é o mesmo que ter uma boa noite de sono. Aposto que era alguém que não tinha filhos. Para si, inteligência suprema, fica o esclarecimento: a única coisa que 'dormir como um bebé' significa é acordar, na melhor das hipóteses, três ou quatro vezes por noite e levantar, num dia daqueles mesmo bons, lá pelas oito da matina.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Testes que nos testam

Parece-me mais ou menos consensual que não há ninguém que nos conheça melhor que nós mesmos. Sabemos os nossos segredos, ou não fôssemos nós a escondê-los de terceiros, os nossos medos, as vergonhas, os estados de espírito - estes mais difíceis de mascarar, principalmente que nos apetece fazer de alguém saco de pancada -, o que nos faz saltar de alegria, o que nos deprime, o que gostamos de comer, de ler, de ouvir... E ainda assim, dou por mim a perder tempo a fazer testes que não mais têm do que a pretensão de me dar a conhecer a minha personalidade. Este fenómeno, que dá pelo nome de quizzes do Facebook, é uma inesgotável fonte de sabedoria. Informa sobre tudo. Ele há os testes que, fruto de um conhecimento superior, vaticinam sobre o número de filhos que vamos ter; os que informam sobre a sorte que o dia nos reserva; passando pelos que nos dizem que estilo de música somos, que animal de estimação melhor nos descreve, o que diz o nosso dia, mês ou ano de aniversário. E por aí fora. O curioso disto tudo, para além da constatação do facto de que são muitas as vezes que não tenho mesmo nada para fazer, é que afinal não me conheço assim tão bem.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Contra o fim do Mundo

21 de Dezembro de 2012. A data ainda vem longe no calendário, mas pensado bem nem falta assim tanto - três anos, mais coisa menos coisa. É para isso que Patrick Geryl, um senhor de que, confesso, nunca tinha ouvido falar até ler uma reportagem muito interessante sobre o fim do Mundo, já se está a preparar. Tal como Noé, também este escritor de 54 anos tem uma espécie de arca, actualizada está claro, que os tempos das arcas de madeira já lá vão. Está a juntar amigos e provisões para ultrapassar o que diz ser o fim do Mundo - não percebi bem porque é que este senhor vai sobreviver, mas adiante. Fica então a questão: porque raio é que o Mundo vai acabar a 21 de Dezembro de 2012? Parece que tudo aponta nessa direcção, todos os desígnios cósmicos, todas as coincidências históricas e ainda todas as superstições tolas. À teoria de que a Terra vai ser destruída com o regresso do planeta Nibiru, em 2012, junta-se o facto de o calendário Maia, uma das grandes civilizações da antiguidade, terminar não mais que no dia 21 de Dezembro de 2012. E se estes senhores, especialistas que eram em astronomia, fecham as contas nessa data, então isso só pode significar que nada mais haverá para além dela. Faltavam aqui os adeptos de Nostradamus, conhecidos por se terem enganado com esta coisa do fim do mundinho e ainda uma série de especialistas que falam em tempestades solares, alinhamentos planetários, etc, etc, etc, tudo marcado para a mesma data: 21/12/12. E é aqui que entra agora o meu protesto: não concordo com a data. Não estou preparada para enfrentar o fim do Mundo para já. Tenho ainda muitas coisas marcadas na minha agenda, pelo que, senhores astrónomos, videntes e afins, revejam lá esses cálculos e mudem o dia do apocalipse.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Pontapés no português

Não gosto de futebol. Podia fingir, dizer que sim, que é giro, interessante e gastar tantos outros adjectivos com o tema, mas não gosto e não consigo compreender o que leva 22 marmanjos - para além do dinheiro que, dirão muitos, é motivação suficiente - a correr tempos infinitos atrás de uma bola. No entanto, há algo de que gosto: de os ouvir falar. Se há coisa que nos consegue divertir, isso é ouvir um jogador, treinador e afim a tentar juntar palavras e formar uma frase com sentido. Aqui sim, são verdadeiros artistas, pelo menos na arte de pontapear a língua materna. Por isso, fartei-me de rir quando li as seguintes pérolas, enviadas à laia de provocação.

"A selecção não jogou nem bem, nem mal, antes pelo contrário" Gabriel Alves
"Existem muitos jogadores alemães a jogarem no campeonato germânico" idem
"O meu clube só tem uma cor: azul e branco" João Pinto, ex-jogador do FCP
"Clássico é clássico e vice-versa" Jardel
"Nestes jogos, sobe-me a naftalina" idem
"Jogar à defesa pode ser uma faca de dois legumes" Jaime Pacheco
"O processo de neutralização do jogador pertence ao forno interno do clube" Jorge Jesus

domingo, 1 de novembro de 2009

Fome

Nunca fui grande coisa para comer. Com a honrosa excepção dos doces, que comia como se não houvesse um amanhã, nunca apreciei verdadeiramente um bom prato e nem percebia a que é que as pessoas se referiam quando elogiavam uma refeição de peixe ou desfiavam um rol de adjectivos quando se referiam a um naco de carne. Sempre fui assim, desde pequenina. Por isso é que não consigo explicar o meu súbito interesse por comida. Parece que ando sempre com fome. Tenho fome quando me levanto, quando vejo comida na televisão, quando folheio uma revista e me deparo com uma mesa farta; tenho fome quando acabei de comer, quando na rua cheira a comida, quando me lembro da comida da minha mãe... Mas porque raio é que ando com tanta fome?

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Mitos por terra

Acreditamos nas coisas mais incríveis, mesmo aquelas que, sem provas provadas, nos parecem verosímeis. Depois, há alguns mitos que, mesmo pouco credíveis, nos levam a duvidar, a pensar duas vezes, incapazes que somos de os rejeitar por completo. Acabam encostados num qualquer cantinho da memória, arrumados e poucas vezes consultados. Foi sobre muitos destes mitos que escreveu a revista Galileu. Por exemplo, esclareceu que os filmes violentos, aqueles com pancadaria de meia-noite e, claro, muito sangue, não fazem aumentar a violência. Pelo contrário, trazem tranquilidade às ruas. E a prova dos nove foi tirada por um duo de economistas de um prestigiado instituto norte-americano.
O próximo mito caído por terra foi o de que a televisão estupidifica os putos. Parece que - volta a entrar aqui o dedinho de um economista também de terras do Tio Sam - proibir os catraios de ver TV faz com que tenham mais dificuldades de leitura, menos conhecimentos sobre o Mundo e até notas mais baixas na escola. Aqui, permito-me não concordar completamente. É que há alguns programas que, vistos por miúdos ou graúdos, são garantia de estupidez na certa.
Desta teoria eu gosto: comer muito afinal não faz engordar. Ora aí está uma frase que até tenho vontade de colar na porta do frigorífico. E esta vem da Universidade de Harvard, onde se explica que o que faz engordar é o aumento das calorias e não do consumo dos alimentos.
Esta também não me desagrada por completo: a pirataria é a responsável pela continuidade do capitalismo tal como hoje o entendemos. Sim, porque diz quem sabe que os piratas mais não fazem do que regular, mostrando onde se encontram as falhas do sistema e como o melhorar.
Pronto, agora vem uma que mais valia ter ficado na gaveta: que as mulheres atrapalham os estudos dos homens. Uma investigação na Nova Zelândia avança que as notas dos miúdos pioram quando as turmas são mistas. Mas aí, digo eu, a culpa deve ser é dos genes!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Adeus


O adeus é sempre complicado, tantas vezes doloroso, sobretudo quando a despedida é de alguém ou de algo de que gostamos. O adeus é definitivo, bem diferente de um até logo ou até amanhã, é redutor, é limitativo. É sinónimo de um fim, mesmo que não desejado, de um encerrar de capítulo quando, por vezes, este apenas vai a meio. É forçado, é imposto, é indesejado... Hoje, fomos obrigados a dizer adeus, o tal irrevogável, que não tem volta. Restam-nos as memórias e a promessa que encerram de acalmarem um pouco as saudades.

domingo, 25 de outubro de 2009

Palavras, palavrinhas, palavrões

"Os palavrões são palavras multifacetadas, muito mais prestáveis e jeitosas do que parecem."

Miguel Esteves Cardoso

Hoje só os palavrões estariam à altura daquilo que sinto...

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Penitência...


Chama-se Paulo, mas é mais conhecido lá em casa como o Totó. É carteiro de profissão e a sua farda azul, que se mistura com o vermelho da carrinha onde transporta o correio, invade-me a televisão a toda a hora. Logo pela manhãzinha, ainda mal os bons dias foram dados, já a vozinha exigente, do alto do seu palmo e meio, grita pelo Totó. Vale Verde, o Júlio, o Carlos Queirós ou a senhora dona Gomes são os personagens que se seguem e se repetem, vezes sem conta, episódio atrás de episódio, em histórias que prendem os seus olhinhos cor de avelã e os fazem brilhar. À tarde, quando a ditadura do trabalho permite um intervalo em casa, o Totó regressa à televisão; à noite, volta a aparecer, fruto da mesma exigência que o fez saltar para o leitor DVD horas antes. Confesso que até já gostei do Totó ou Carteiro Paulo. Agora, ao pensar o que o dia de amanhã me reserva - uma autêntica maratona de cartas, pacotes ou encomendas - confesso que o carteiro perdeu parte do seu encanto. É que depois de ter visto pelo menos 500 vezes os mesmos episódios, dou por mim a reparar em pormenores. Por exemplo, que o carteiro deve um pouco à higiene (nunca muda de roupa), que o carlos Queirós tem voz de mariquinhas, que o polícia Artur tem é jeito para a agricultura... Conclusão: cada vez aumenta mais o fascínio pelos Irmãos Koala.

Mais do mesmo?

E pronto. Já conhecemos todos o novo - ou velho, dependendo do ângulo - Governo. Ao lado das oito já conhecidas caras - destaco o Teixeira dos Santos, que continua a mexer com os dinheiros, o Amado, que se mantém nas negociatas com o estrangeiro, a Ana Jorge, que não larga a Saúde -, há por ali umas trocas e baldrocas e oito que entram de novo na equipa. Mas não posso deixar de lamentar a saída do Lino (jamais esquecerei o seu jeito para o francês) ou do Sr. Silva (nunca compreendi verdadeiramente a aversão dos agricultores). A esperança está agora depositada nas novidades. Talvez entre aquelas oito estreias se consiga encontrar alguém com o jeito do Pinho para a linguagem gestual ou o do Lino para meter o pé na poça. É esperar para ver.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Irra...

Há poucas coisas que me surpreendem, não sei se feliz ou infelizmente. Mas às vezes dou por mim chocada com gestos e atitudes que já devia esperar. Uma das coisas que mais confusão me faz é a falta de profissionalismo. Talvez seja defeito, mas fui ensinada, não só pela educação que me foi dada, mas também pela formação e pelo contacto com grandes profissionais que se há uma coisa de que nos devemos orgulhar é de sermos bons naquilo que fazemos. Por isso é que, para além da falta de humildade e da arrogância, a falta de profissionalismo me causa tamanha repulsa.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Corpinho de 50

Ter 100 anos mas corpinho de 50 pode vem vir a ser uma possibilidade. E não sou eu que o digo. A afirmação, avançada pela BBC, é feita por gente especializada na matéria que não tem dúvidas: vai ser possível dotar os centenários com novas ancas, joelhos e válvulas cardíacas, que permitam ao corpo gozar mais uns aninhos em forma.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

E o vencedor é: o 100%

Confesso que, cada vez que a dúvida me assalta no momento de escolher uma bebida, não penso qual será a mais indicada, saudável e menos calórica. E acrescento ainda nesta minha confissão que nunca me tinha questionado sobre qual seria o melhor: se o sumo néctar ou o 100%. Se tivesse pensado um pouco no assunto acredito que a minha escolha tivesse recaído sobre os primeiros, convicta que estaria que seriam os mais próximos de um sumo natural. Ao que parece, nada podia estar mais longe da verdade. Ou seja, e isto segundo os especialistas na matéria, os néctares são bebidas produzidas a partir do sumo ou polpa da fruta. Até aqui tudo bem. O pior vem quando se pensa na restante composição: água e açúcares, podendo ainda ser incluído o mel. Ora já os 100% são produzidos apenas com o sumo ou polpa das frutinhas, sem adição de açúcar ou adoçantes. Por isso, a escolha parece ser uma e só uma: os 100%

Hoje é dia de...











Hoje não é o caso, mas há dias em que abrimos o Google e somos presenteados com logos que assinalam dias que nem sabíamos que existiam. Só este ano - e ainda faltam umas semanas para o fim de 2009 -, a empresa já fez 141 logos diferentes, alguns exclusivos para países seleccionados, mas todos bem engraçados. Ele foi o Dia dos Namorados (dedicado a todos os pombinhos), o Dia Internacional da Mulher, o 25.º aniversário do Tetris, o Dia da Terra (sim, porque o Planeta merece), um dedicado ao Doraemon, o gato cósmico (este foi só acessível aos japoneses, mas é bem conhecido dos seguidores do canal Panda), o aniversário de Pablo Neruda e muitos, muitos outros. A espreitar em www.google.com/logos/




quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Salvem o Torrão de Alicante

Ainda no reino da doçura, parece que a crise chegou ao Torrão de Alicante. Segundo a agência EFE, o mercado internacional já não está a comprar torrão. Como é possível? O que se passa com este mundo? Como é possível resistir ao torrão, o mesmo que povoa as memórias - a mais doces - da minha infância (nunca me esqueço das idas a Espanha, onde a compra do torrão era, mais do que uma tradição, uma obrigação)? Acho que se devia lançar uma petição para evitar o fim desta iguaria. Eu digo: salvem o Torrão!

A fraude do leite com chocolate

Hoje senti-me defraudada. E a culpa foi de um pacote de leite com chocolate. Ou melhor dizendo, com a falta dele. As elevadas expectativas criadas à volta daquele líquido - já me imaginava a saborear o sabor do chocolate, a deliciar-me com o doce -, saíram completamente goradas. É que, ao sorver um gole, o primeiro, daquele pacote todo bonitinho, percebi que sabia a tudo, menos a chocolate. O choque foi de tal forma, que tive que ir a correr comer uma bolacha recheada de chocolate - este sim, o verdadeiro. Leite com chocolate que é leite com chocolate deve saber a... chocolate.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

E vivam os animais!

Não gosto de circos. Nunca gostei. Aliás, acho mesmo que se deve ter passado qualquer coisa traumática na minha infância que a memória decidiu apagar, isto apesar da minha mãe insistir que nunca fui atacada por um leão ou coisa que o valha. Por isso, fiquei muito contente, mesmo muito contente, quando li que o Governo português tinha finalmente publicado uma lei que vai proibir, a médio prazo, a existência dos animais no circo. Acho que já era tempo de pôr fim à vida desgraçada que levam dezenas de animais espalhados pelos muitos circos que andam de terrinha em terrinha, sem quaisquer condições, a oferecer espectáculos deprimentes. Afinal, os animais também têm direitos.

Saudades do frio

Voltou o calor. E apesar de, à minha volta, toda a gente se mostrar muito satisfeita com o adiar da chegada do Outono, eu cá estou bem longe da satisfação. Já estou a imaginar as vozes de revolta contra a minha paixão pelo tempo mais fresco, mas quando digo que gosto do frio, não quero com isto dizer que gosto de passar frio ou de apanhar chuva. São duas coisas bem diferentes. O que gosto é do que acompanha o frio, ou seja, das chávenas de chocolate bem quentinho, das camisolas de golas alta, de sentir o peso das mantas quando me deito na cama, do cheiro da lenha quando anoitece, do perfume da terra molhada... E quando comparo com o que me traz à memória o calor - corpos suados, desconforto, sede - não tenho mesmo dúvidas: eu quero o frio!!

domingo, 11 de outubro de 2009

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Quero uma assim

Gosto do dormir. É um facto incontornável, apesar de, admito, ter dado as noites de sono como garantidas. Agora, que se vão tornando mais raras, o dormir tornou-se quase uma obsessão, algo sem o qual não consigo mesmo passar. Por isso é que notícias como a que ontem li no site do Expresso me dão autênticos arrepios. Noticiava o semanário, na sua página web, que há umas camas - as Hastens -, suecas como os amigos do IKEA, que desafiam quem nelas se deitar a manter os olhos abertos. Mais, dizia ainda a mesma notícia, o modelo mais elaborado, o supra sumo, é feito com crina de cavalo, algodão, linho, tudo cosido à mão, "técnica de construção de navios com pregos em madeira mais dura para os encaixes das estruturas da cama", etc, etc, etc... A Vividus, assim se chama esta preciosidade, conquistou-me. Quero uma assim para as poucas horas que as minhas de noites de sono actualmente me reservam. Mas há algo que me separa deste sonho em forma de cama: os 59 990 euros que custa.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Quem não vê é como quem não ouve?

Há um fenómeno curioso que não sei se é comum a quem usa óculos mas que eu, como quatro-olhos ou caixa-de-óculos que sou, sinto cada vez que tiro as lunetas da cara. Como se não bastasse não ver um palmo à frente do nariz, fico ainda meio surda. Ou seja, tenho muita dificuldade em ouvir o que as pessoas me dizem, já que não as enxergo bem. Acho que os cientistas que por aí andam bem podiam debruçar-se sobre este fenómeno que, na minha modesta opinião, contradiz a teoria de que quando perdemos um sentido, apuramos os restantes.

À procura de uns pulmões

O site do i tinha hoje uma notícia no mínimo insólita. Segundo consta, foram roubados os pulmões que integravam a exposição sobre o corpo humano, aquela que também já esteve em Portugal, e que agora se encontra em paragens mais distantes, Lima, no Peru.
É verdade que todos precisamos de pulmões, mas o que terá passado na cabeça de alguém para roubar os que ali se mostravam, ainda para mais que, segundo a organização, não estavam propriamente em bom estado, ultrapassa o meu simples entendimento. Se alguém os vir por aí, oferecem-se dois mil dólares de recompensa.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Obrigada, Conan

Ontem a SIC Radical brindou-nos com o Tonight Show, agora com o Conan O'Brien. Eu até gosto do Jimmy Fallon, mas o Late Night nunca mais foi o mesmo para mim desde que o Conan disse adeus e partiu para um novo horário. Por isso, o regresso do senhor ruivo foi recebido com grande ansiedade e elevadas expectativas. E eis que não desiludiu. Para além de ficar a saber que existe um americano que faz dos fritos o único item da sua ementa - come tudo frito, desde bolachas Oreo até courgettes recheadas com salsicha -, Conan deu-nos ainda a possibilidade de conhecer um jogo inventado pelo Ricky Gervais, o Offal Jim Jam, cujas palavras, quaisquer que fossem, não estariam à altura de tamanha originalidade. Obrigada, Conan e, claro, Ricky. A minha cultura geral agradece, apesar de nunca mais voltar a ser a mesma.

Prémios para lá de nobel

Sabia que as vacas dão mais leite quando têm nome? Pois é. A descoberta, de importância considerável para todos os que desejarem produzir mais leitinho, não passou despercebida e mereceu mesmo o Prémio IgNobel da Medicina Veterinária. E porque as vacas foram aqui as grandes estrelas, o prémio teve dedicatória à altura de Purslane, Wendy e Tina, as vacas «mais gentis» que uma das investigadoras diz ter conhecido. Sem elas, a vitória não teria sido possível, com toda a certeza.
Mas há mais. O prémio da Paz foi para uma dupla suíça, que determinou qual a melhor forma de levar com uma garrafa de cerveja na cabeça: de vazia, se cheia.
Um dos melhores, de acordo com a minha modesta escolha, é o da Economia. Ora graças a um grupo de investigadores islandeses, ficámos a saber que os pequenos bancos podem transformar-se em grandes e vice-versa. Acredito que o futuro da Economia nunca mais será o mesmo.
Na Física, a vitória foi conseguida por um grupo da Universidade do Texas, determinado a perceber porque é que as grávidas não caem devido ao peso da barriga.
Diamantes nascidos a partir de tequila foi a investigação que mereceu o IgNobel da Química, enquanto o da Saúde Pública foi para um trio norte-americano que conseguiu transformar um soutien em duas máscaras de gás, essencial no caso, por exemplo, de uma catástrofe nuclear.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Hitler, onde estás?

Querem ver que, afinal, Hitler não morreu? É que, dizem agora os cientistas da Universidade de Connecticut, o fragmento de crânio que se pensava pertencer ao ditador, guardado em Moscovo, pertence a uma mulher. Ou seja, a não ser que Hitler fosse uma mulher travestida de homem, o senhor pode bem estar vivo.
Reza a história que, quando as tropas soviéticas invadiram o bunker onde se encontrava Hitler, em 1945, encontraram os restos queimados de Adolf e da amante. Um ano depois, os cadáveres foram trasladados para Moscovo, para se investigar as circunstâncias da morte do alemão. Em 1970, os líderes soviéticos ordenaram a destruição dos restos mortais, sobrando apenas objectos que se encontravam no mesmo bunker, como o sofá, onde se crê que o casalinho pôs fim à vida.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Procura-se inocência perdida

O que é feito da inocência da infância? Uma pergunta que me parece cada vez mais lógica perante notícias como a que ontem o jornal britânico The Sun nos brindou e, confesso, me chocou. Sim, é verdade que nos dias que correm já não me devia chocar com tão pouco, mas parece que a inocência que caracterizou a minha infância ainda não desapareceu por completo. Pois que fiquei verdadeiramente horrorizada ao saber que milhares de crianças de - repare-se no pormenor - escolas primárias e preparatórias usam pulseiras. Até aqui, nada de especial, não fosse o facto dessas pulseiras, de cores diferentes, identificarem até onde os jovenzinhos (alguns com sete anos) estão dispostos a ir no que diz respeito à vida sexual, algo que só os devia preocupar daqui a muitos e muitos anos.
Ao que parece, os miúdos andam uns atrás dos outros nos recreios, a ver se as pulseiras se partem. E, quando isso acontece, quem a tinha no pulso tem de oferecer o acto físico que corresponde à cor usada - amarelo significa que se tem que abraçar um rapaz; cor-de-rosa implica mostrar as mamocas; vermelho, dar uma lap dance e azul fazer uma qualquer forma de sexo oral. Há ainda o preto, que é o mesmo que dizem ir até ao fim com um rapazinho.
Perante isto, fica apenas a pergunta: onde raio e o que raio andam a fazer os pais destes putos?

Brandos costumes

Nós somos mesmo um país de brandos costumes. Senão veja-se: por cá, fazemos quizzes no Facebook que nos indicam para onde emigrar agora que o Sócrates voltou ao poder; nos Estados Unidos, questionam sobre se Barack Obama deve ou não ser assassinado, na sequência do Plano de Saúde que tanto defende. Ah! E 750 pessoas fizeram o teste.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Ressaca eleitoral

Depois de uma longa noite, mais por força das obrigações do que por opção, de uma noite em que as coisas podiam ter mudado (se bem que a mudança seria sempre relativa) mas ficaram na mesma, de uma noite com palavras que se repetiram em diferentes bocas, com discursos bafientos e ultrapassados, fica a certeza: a política realmente não me diz nada. E mesmo quando tento manter o interesse, quando procuro saber mais, esbarro sempre na teoria retrógrada de uns quantos que se dizem representantes dos interesses nacionais, mas que, cada vez mais me convenço, são é prossecutores dos seus próprios interesses.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Obrigada, amigo ar condicionado

Tenho que dar a mão à palmatória. O malfadado ar condicionado, aquele que tem sido responsável pelos lenços de papel que me enchem o caixote do lixo, pelas fungadelas e espirros sucessivos e, acredito piamente, por algumas dores de cabeça afinal até tem serventia. E não, não estou a falar da que originalmente devia ser a sua função - refrescar o povo -, mas de um outro propósito, recentemente descoberto: o de afastar alguns odores. Nunca pensei em mim como uma pessoa particularmente sensível aos cheiros, com a excepção dos insecticidas, que quase me levam ao desespero, pela comichão que me provocam no nariz. Mas enganei-me. Há perfumes ou desodorizantes (ainda está por determinar qual dos dois se trata) que, dada a sua semelhança com sprays conhecidos pelo seu papel no extermínio do mosquedo, me tiram do sério. E é aqui que entra o - agora sim, posso dizê-lo - amigo ar condicionado, que parece fazer dissipar, ainda que timidamente, o odor e levá-lo para outras paragens. O meu nariz e garganta não se cansam de agradecer.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Limpar Portugal

Confesso que quando vi o vídeo - http://www.youtube.com/watch?v=A5GryIDl0qY - fui invadida pelo espírito da coisa e acreditei que tudo era possível. Qual Obama, pensei logo: "Yes we can". Depois, tomei conhecimento da iniciativa Limpar Portugal (http://limparportugal.ning.com/) e nem pensei duas vezes: corri a inscrever-me. Mas agora que penso no assunto, acho que conseguir que cem mil portugueses deitem mãos à obra e, todos juntos, em apenas um só dia (20 de Março) limpem as lixeiras espalhadas pelo País, é tarefa impossível. Se ainda continuamos a colar pastilhas debaixo das cadeiras e a cuspir para o chão? É pena.

É mentira

Diz um estudo norte-americano que, em apenas dez minutos, as pessoas mentem três vezes. E de acordo com um professor de psicologia da Universidade de Massachusetts, encaramos a mentira como um recurso de sobrevivência social. "Em geral, mentimos para tornar as interacções sociais mais fáceis e agradáveis, dizendo o que os outros querem ouvir, ou para parecermos melhores do que realmente somos." E ainda me perguntam porque é que estou tantas vezes calada...

Encontro com o passado

O cumprido é devido e o encontro, há tanto esperado, tantas vezes desmarcado, acabou mesmo por se realizar. E foi giro, muito giro. Apesar da agitação, típica de quem se faz acompanhar pelos rebentos, pelos meias-lecas que mais parecem ligados à corrente - sim, que isto de ter filhos é sempre uma montanha russa de emoções, que não se compadece com o desejo de conversa séria dos progenitores -, apesar de não ter dado para pôr em dia as muitas novidades que os vários anos de afastamento deram origem, foi realmente muito giro.
E, mais uma vez, o tempo passou a correr. Quase quatro horas que mais pareceram minutos. A criançada correu e brincou e os adultos prometeram repetir a dose. Para breve.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Paul não é Paul?

Parece que o Paul McCartney pode não ser... o Paul McCartney. A edição de Agosto da revista Wired italiana voltou a bater na tecla de uma teoria que, pelos vistos - confesso aqui a minha ignorância - já não é nova: de que o autor de “Yesterday” teria morrido em 1966 num acidente de carro. A publicação pediu a peritos que analisaram fotografias actuais do baixista e outras anteriores ao ano fatídico e concluíram: existem indícios de que Paul não é Paul (a mandíbula, por exemplo, não parece a mesma hoje, que era em 1966).

Amigos improváveis

Há pessoas que nos surpreendem. Costumo pensar que a leitura feita à primeira vista é a certa, ou seja, que as pessoas que não suporto assim que as vejo correspondem à irritante imagem que delas faço e que aqueles cuja simpatia conquista ao primeiro olhar são, de facto, dignos de atenção. Mas a teoria, aperfeiçoada ao longo de tantos anos, provou-se falível. Afinal, nem tudo o que parece é.

Paciência por um fio

Detesto as pessoas que parecem e já se me acabou a paciência para as aparências, cada vez mais descascadas, como a tinta das paredes antigas. Urge um novo reposicionamento, sob pena de me sair qualquer coisa disparada da boca, cada vez menos controlada, que se transforme no derradeiro passo, aquele que já não tem mesmo volta.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Tédio...

Começo a imaginar o que sentem os afectados pela doença do sono. Acho que não fui mordida por nenhuma mosca tsétsé, mas a dificuldades em manter a pestana aberta, a sensação de apatia completa, a falta de vontade de fazer seja o que for bem podiam ser os sintomas de uma qualquer doença do género. Pena é que a minha cadeira não se possa transformar, assim como que por magia, numa cama confortável. Em vez dela, tenho uma secretária bem rija, um ar condicionado a arrefecer-me o espírito (que em relação ao corpo, pouco ou nada consegue fazer) e um computador que, sem falar, me está constantemente a dizer: trabalha, que não te pagam para bocejar!

Encontros

Ainda estamos longe do Ano Novo, mas eu defendo que qualquer altura é boa para novas resoluções. Por isso, decidi pôr a conversa em dia com todos os amigos que têm ficado pelo caminho. O primeiro encontro, aquele que vai juntar quem eu já não vejo há vários anos, está marcado. Só espero que as vicissitudes desta minha vida complicada não se tornem um impecilho.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Tempo

Porque é que o tempo nunca chega para tudo? Porque é que os dias se transformam tão depressa em semanas passadas, estas em anos e, estes, em décadas? E porque é que, olhando para trás, há sempre tanta gente que fica presa na teia do tempo, bem viva na nossa memória, presente em tantos instantes, mas ausente por falta de tempo?
Às vezes pareço o coelho da Alice no País das Maravilhas, sempre atrasada para qualquer coisa e sempre sem tempo para os que mais merecem.

Envelhecer vs ser velho

Envelhecer é mesmo uma coisa estranha. Por mais que diga a mim mesma que nunca vou ser velha, o mesmo é dizer, nunca vou usar aquelas batas com as florinhas que tantas avós que eu conheço insistem em envergar, em detrimento do avental, nunca vou deixar de calças ténis ou vestir calças de ganga, de gostar de desenhos animados, de entupir-me de doces só porque fazem mal à saúde, parece que envelhecer é mesmo inevitável.
E o que o diz é a cada vez menor paciência que tenho para as conversas de chacha. Não quer isto dizer que só goste de diálogos profundos ou discussões filosóficas sobre o sentido da vida, mas já não tenho pachorra para determinado parlapié. E quando penso em mim com a idade de muita gente que eu conheço (e não foi assim há tanto tempo), não me recordo alguma vez de ter sido tão infantil.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Tan, tan, na, na

Muito se tem falado de casamento aqui para as minhas bandas. É um tema que, já percebi, à medida que as moçoilas vão envelhecendo, parece despertar-lhes cada vez mais o interesse.
Há as que esconjuram a possibilidade do “até que a morte nos separe” - desconfio sempre destas, até porque acredito que quem desdenha quer mesmo comprar -, as que sonham com o dia, as mais ou menos cínicas… Enfim, há opiniões para todos os gostos, tantas quantas as cabeças que as congeminam.
Claro que cada um tem a sua opinião, que são livres de defender ou atacar uma instituição que, convenha-se, está cada vez mais obsoleta. Só não entendo é porque confundem o casamento com o amor. Mas há alguém, no seu juízo perfeito, que não queira ter uma pessoa com quem partilhar tudo sem pensar nas aparências, uma pessoa que nos aconchega no Inverno, que nos conhece como ninguém - as coisas boas e más -, que critica, que discute, que contraria, mas que, no fim de tudo, está incondicionalmente do nosso lado?
Pois, parece-me que não. E o que é que isso tem a ver com o casamento, aquele que nos obriga a tratar de papéis, a juntar a famelga, mesmo aquela com quem não falamos há séculos, a agradecer com sorrisos as jarras que mais se parecem com urnas, as salvas de prata com dedicatórias lamechas…?

Chefes, quem os quer ter?

O guia secreto para sobreviver ao chefe

1. Você não tem vida própria. Pode ir para casa todas as noites, dormir na sua cama com o namorado ou namorada, falar com os pais ao telefone e pagar os impostos, mas não tenha ilusões: você não existe. Por isso, qualquer comentário mauzinho, odioso, vingativo que surja no seu caminho não o vai magoar porque você não existe no mundo real… existe apenas para agradar ao seu chefe.

2. O chefe tem sempre razão (e você está sempre errado). Não discuta com o chefe, nunca. É um jogo perdido à partida. Se o seu chefe disser que o Moulin Rouge é uma porcaria, é porque é uma porcaria (por muito que isso o possa destruir por dentro). Por isso, se o seu chefe estiver atrasado meia hora para uma reunião porque leu mal as indicações que lhe deu, a culpa não é dele, mas sua.

3. O seu valor pessoal é inversamente proporcional à sua performance no trabalho. Se der por si a mudar a consulta para o urologista, porque a mulher do seu chefe alterou a data do encontro com o conselheiro matrimonial, enquanto compra um palhaço para a festa de anos do filho do patrão, uma grade de cerveja para a festa secreta da filha e apanha o cocó do cão do relvado da casa, então saiba que está a fazer um bom trabalho. Quanto mais humilhado se sentir, melhor funcionário é.

4. A frase «obrigado/a» já não existe. O termo “vai-te fo***”, no entanto, está vivo e bem vivo.

5. Lembra-se da conversa que tiveram sobre uma promoção? Nunca aconteceu. Quanto melhor for no seu trabalho, menor é a probabilidade de vir a ser promovido. Mas é melhor ser bom no trabalho que a alternativa: ser despedido.

6. Passou a ser um rabi, um padre, um psiquiatra, um personal trainer, um jardineiro, o melhor amigo, um prostituto/a, um chulo/a. Oiça sempre, fale pouco. Lembre-se, nenhum chefe duro pode mostrar que gosta dos empregados. No entanto, isso não significa que o seu chefe, de facto, goste de si. Se tiver sorte, não vai sequer pensar em si como uma pessoa, apenas um guro-homem dos sete ofícios que também lhe trata dos impostos e lhe marca o hotel para os encontros com a amante. Se não se esquecer destas regras, vai safar-se. E, quem sabe, um dia pode mesmo conseguir a tão desejada promoção.

P.S. Dicas de um personagem de uma das séries que mais gosto

Uma arma peluda


Esta história da gripe A, o constante bombardear de informação sobre o tema e o multiplicar de notícias, deixa mesmo mossa. No outro dia, em pleno supermercado, um espirro fez com que esbugalhasse os olhos e desse dois passos atrás, coisa que não me lembro de alguma vez ter feito antes. Estou pois e oficialmente contaminada com o vírus da apreensão, o que não tem de ser necessariamente mau...

E a paranóia continua. Nos EUA, o governo do Obama decidiu recorrer a uma arma bem peluda. Elmo, um dos simpáticos habitantes da Rua Sésamo, vai passar mensagens e conselhos sobre a melhor forma de evitar o contágio.

Riqueza escondida

Descobri que, lá em casa, somos ricos. O que - confesso - nunca antes me ter apercebido. E tudo graças a uma missiva dos srs da Segurança Social. Dizem os atrás mencionados que pertencemos ao 5.º e último escalão do abono de família. Ou seja, não há ninguém que receba menos que nós.

Dificuldades surpreendentes

Quem diria que comprar casa, o sonho de tanta gente, podia ser uma tarefa tão complicada. E já não falo da dificuldade mais óbvia, aquela que em tempos de crise, como os que se vivem hoje, é partilhada por muitos: a falta de dinheiro para comprar a tão sonhada casa, aquela que nos enche as medidas e pela qual tanto ansiamos, por vezes muitos e longos anos. Não, já nem falo dessa, mas de outra que agora pensando bem, é fácil de imaginar: a complexidade inerente ao ser humano e que resulta do facto, impossível de contornar, de termos de lidar com pessoas.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Informação a mais...

A Sábado desta semana tem uma lista engraçada sobre factos curiosos relacionados com o nosso corpo humano. Mas finda a leitura da mesma, a conclusão a que se chega é que há mesmo coisas que o melhor é não sabermos. Por exemplo, que os olhos têm o mesmo tamanho desde o nascimento, o mesmo não se podendo dizer do nariz e das orelhas, que não param de crescer.
Ou ainda que os pés podem produzir quase meio litro de suor por dia; que depois de ter sido cortada, a cabeça humana continua consciente durante 15 a 20 segundos...
Por outro lado, agradou-me saber que vou viver mais nove anos que um canhoto e ainda que o meu QI deve bater recordes, já que quanto mais elevado o QI, mas a pessoas sonha. E a julgar pela quantidade de sonhos, sou mesmo muitooooo inteligente.