segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Onde estão as Piratas?


Numa viagem (mais uma) pelas ruas da memória, deparei-me com elas, ou o que delas restava. Já não existem, saíram de moda, substituídas que foram por outras quaisquer com uma embalagem mais colorida, mais agradável à vista e até, dirão alguns, mais gostosas ao paladar. Mas, contraponho eu, nenhumas conseguem igualar o que encerram aquelas pastilhas. Era nelas que pensava quando o meu pai chegava a casa, eram elas que procurava nas suas mãos, quando entrava pela porta e anunciava, com aquele ar de quem sabe tudo, que tinha uma coisa para mim. Eram elas que se me colavam aos dentes e que, não raras vezes, imaginava coladas no interior da barriga, depois de terem escorregado, a toda a velocidade, pela garganta. E eram elas o presente que, todos os dias, o sr. Manuel e a D. Aldelaide, do minimercado Ferreira nos davam quando chegávamos da escola e por lá parávamos, ávidos dos seus miminhos em forma de doces. Já não existem, mas ficam nas recordações que guardo delas e na colecção de cromos de comboios, a única caderneta que consegui encher por completo, fruto de centenas de mastigadelas que até podem ter dado origem a uma ou outra cárie, mas que valeram mesmo a pena!!

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