segunda-feira, 26 de maio de 2014
Raio de pulseiras
Não digo, porque sou bem educada. Mas mentalmente já mandei para aquele sítio a pessou (ou pessoas) que inventou a moda das pulseiras feitas com elásticos.
quinta-feira, 22 de maio de 2014
Quando o programa preferido dele é o tempo de antena
O que dizer quando uma criança de 6 anos me informa que não pode perder o tempo de antena das Europeias, que classifica como muito interessante? Nada.
quinta-feira, 15 de maio de 2014
O erro, sempre o erro
«Crê que há professores que
estigmatizam demasiado o erro dos alunos?
Claro que sim. Isto porque o que interessa é atingir-se o “perfeito” quando na verdade, os últimos dois ou três anos tem-nos mostrado que não sabemos o que é o mundo perfeito. Mas ainda há aquela ideia – muito veiculada na escola – da “sociedade do sucesso”. Há um autor que é o Gert Biesta que diz que esta “Era da Medida” acabou por valorizar aquilo que se mede esquecendo o verdadeiro sentido daquilo que se deve medir. Medimos sucesso, medimos qualidade, medimos quantidade de aprendizagem, medimos eventualmente qualidade de aprendizagem, medimos conhecimento, mas aquilo que deviamos realmente medir é o que ele chama “uma boa educação”. O Jean Piaget já nos anos 1940 e 1950 – quando trabalhou para a UNESCO – dizia que os erros são extremamente estimuladores do conhecimento e do desenvolvimento da criança. No entanto, desde sempre que nós continuamos a usar borracha e régua nas salas de aula. Usamos a borracha porque o erro é “mau”. No domínio do desenho sabe bem que não se deve usar a borracha, de que temos de transformar o traço, o engano, em algo mais produtivo e criativo. E o mesmo se passa com a régua. Ensinamos em demasiado a utilização da régua mas depois não ensinamos a proporcionalidade. Por exemplo, porquê é que eu preciso de medir 5cm numa folha quando eu tenho como unidade de medida 10cm? É apenas necessário dobrar a folha. É só pensar quanto é que é metade. Tudo isto leva a que os alunos sejam menos criativos.»
Sara Bahia, docente na Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa
Claro que sim. Isto porque o que interessa é atingir-se o “perfeito” quando na verdade, os últimos dois ou três anos tem-nos mostrado que não sabemos o que é o mundo perfeito. Mas ainda há aquela ideia – muito veiculada na escola – da “sociedade do sucesso”. Há um autor que é o Gert Biesta que diz que esta “Era da Medida” acabou por valorizar aquilo que se mede esquecendo o verdadeiro sentido daquilo que se deve medir. Medimos sucesso, medimos qualidade, medimos quantidade de aprendizagem, medimos eventualmente qualidade de aprendizagem, medimos conhecimento, mas aquilo que deviamos realmente medir é o que ele chama “uma boa educação”. O Jean Piaget já nos anos 1940 e 1950 – quando trabalhou para a UNESCO – dizia que os erros são extremamente estimuladores do conhecimento e do desenvolvimento da criança. No entanto, desde sempre que nós continuamos a usar borracha e régua nas salas de aula. Usamos a borracha porque o erro é “mau”. No domínio do desenho sabe bem que não se deve usar a borracha, de que temos de transformar o traço, o engano, em algo mais produtivo e criativo. E o mesmo se passa com a régua. Ensinamos em demasiado a utilização da régua mas depois não ensinamos a proporcionalidade. Por exemplo, porquê é que eu preciso de medir 5cm numa folha quando eu tenho como unidade de medida 10cm? É apenas necessário dobrar a folha. É só pensar quanto é que é metade. Tudo isto leva a que os alunos sejam menos criativos.»
Sara Bahia, docente na Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa
quinta-feira, 1 de maio de 2014
...os cadilhos
Dizem-me para não me
preocupar, que nada mudou. Mas ainda que pareça assim, tudo está diferente.
Pedem-me o impossível.
Ser mãe é ter preocupações, é pensar constantemente na felicidade dos filhos, é
querer, qual super herói, usar o escudo protector que as mães tão bem conhecem
para evitar que os filhos sofram.
Dizem-me que tudo
vai correr bem. E eu quero acreditar. Mas sei que pode não ser assim. E
sinto-me impotente perante a possibilidade de o ver sofrer mais, porque sei que
já sofre. E sinto-me inútil por não conseguir evitar esse sofrimento. E
sinto-me culpada por deixar que ele sofra, como se dependesse de mim pôr fim a
esse sofrimento.
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