Envelhecer é mesmo uma coisa estranha. Por mais que diga a mim mesma que nunca vou ser velha, o mesmo é dizer, nunca vou usar aquelas batas com as florinhas que tantas avós que eu conheço insistem em envergar, em detrimento do avental, nunca vou deixar de calças ténis ou vestir calças de ganga, de gostar de desenhos animados, de entupir-me de doces só porque fazem mal à saúde, parece que envelhecer é mesmo inevitável.
E o que o diz é a cada vez menor paciência que tenho para as conversas de chacha. Não quer isto dizer que só goste de diálogos profundos ou discussões filosóficas sobre o sentido da vida, mas já não tenho pachorra para determinado parlapié. E quando penso em mim com a idade de muita gente que eu conheço (e não foi assim há tanto tempo), não me recordo alguma vez de ter sido tão infantil.
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