quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Testes que nos testam
Parece-me mais ou menos consensual que não há ninguém que nos conheça melhor que nós mesmos. Sabemos os nossos segredos, ou não fôssemos nós a escondê-los de terceiros, os nossos medos, as vergonhas, os estados de espírito - estes mais difíceis de mascarar, principalmente que nos apetece fazer de alguém saco de pancada -, o que nos faz saltar de alegria, o que nos deprime, o que gostamos de comer, de ler, de ouvir... E ainda assim, dou por mim a perder tempo a fazer testes que não mais têm do que a pretensão de me dar a conhecer a minha personalidade. Este fenómeno, que dá pelo nome de quizzes do Facebook, é uma inesgotável fonte de sabedoria. Informa sobre tudo. Ele há os testes que, fruto de um conhecimento superior, vaticinam sobre o número de filhos que vamos ter; os que informam sobre a sorte que o dia nos reserva; passando pelos que nos dizem que estilo de música somos, que animal de estimação melhor nos descreve, o que diz o nosso dia, mês ou ano de aniversário. E por aí fora. O curioso disto tudo, para além da constatação do facto de que são muitas as vezes que não tenho mesmo nada para fazer, é que afinal não me conheço assim tão bem.
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