Elsa Punset, uma espanhola especialista em educação emocional, diz, no seu livro 'Uma Mochila para o Universo', que o «pessimismo é contagioso». De resto, segundo ela, todas as emoções são contagiosas, sobretudo as negativas. O que explica muita coisa.
Mas diz mais. Diz, por exemplo, que um bom abraço deve durar pelo menos seis segundos. «O abraço faz-nos sentir bem, alivia a solidão, ajuda a superar os medos» e, não menos importante, «as pessoas que abraçam envelhecem mais devagar». O que também ajuda a explicar porque há pessoas, tão novas de idade, mas tão velhas de espírito. Uns abracinhos resolviam muitos dos seus problemas.
«Sentimo-nos confortáveis e mais felizes se tivermos entre cinco e 12 amigos ou relações próximas», diz ainda Elsa Punset. Correndo o risco de me repetir, mais uma vez isso ajuda a justificar tanta coisa. Mas o que a especialista não diz é que há pessoas com as quais é impossível estabelecer relações de amizade, pessoas amargas, que destilam ódio e inveja e que apenas parecem bem quando os outros estão mal. E, digo eu, mais difícil do que viver com as nossas emoções, é conseguir controlá-las para nos tornarmos imunes a pessoas como estas. Coisa que ainda não consegui.
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