«Gostava tanto de ser mais magro!», diz ele, indiferente ao facto de ter pouco mais de 20 quilos, de ser, como diz a avó, um "magricela" ou de ter, como o espelho não se cansa de mostrar, as costelas à flor da pele.
«Tu já és tão magro», digo eu, sem saber bem porque é que lhe estou a responder, quando as palavras dele não passam de devaneios, mais uns, a juntar a todos os outros com que nos brinda com frequência.
«Gostava de ter menos barriga...», volta ele. E já sem esperar resposta, pega na revista do Continente, que tem sido companhia durante as manhãs, justificada pelo facto de, como diz, estar decidido a aprender a cozinhar, e concentra-se num artigo que devora, quase sem pestanejar. Só depois é que eu percebo o motivo da preocupação. O rapaz estava a ler sobre... celulite.
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