quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Mimado e ainda bem!




"Benditas sejam as crianças mimadas! Aliás, não sei quem pôs a circular que ser-se mimado seria um obstáculo para se crescer. Mas, fosse quem fosse, estava enganado. Compreendo que as crianças mimadas, de tão habituadas estarem a quem as adivinhe, às vezes, pareçam molengonas. E, seja em relação aos sonhos ou às suas metas, fiquem, mimentas, à espera de quem se antecipe e fale por elas e, se for possível, dê um... empurrãozinho a tudo o que desejam. Seja como for, o mimo torna-as mais simples e mais bonitas. E, por mais que não pareça, são elas quem põe o mundo aos pinotes e o vira do avesso."
Eduardo Sá, in Pais & Filhos

Tenho um filho mimado. É um facto. E é mimado porque, em grande parte, eu adoro dar-lhe mimos. A culpa é, pois, muito minha. Carrego comigo a responsabilidade de ter um filho mimado o que, confesso, às vezes me pesa. Um peso que advém, como tantos outros, das opiniões alheias. Não costumo dar muita importância ao que os outros dizem. Estou mesmo, na maior parte das vezes, a marimbar-me para elas (as opiniões, leia-se), sobretudo a dos 'grandes' entendidos em psicologia/educação/formação infantil. Mas é verdade que dou por mim a questionar se o mimo pode ser em demasia. Fico contente em saber que não. Aliás, no fundo, no fundo, até já o sabia, ou não tivesse também eu sido uma menina mimada. E que bem que me soube o mimo. E continua a saber. Por isso, tenho orgulho em ter um filho mimado. E que muito mais mimo tenha eu sempre para lhe dar.

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