Mais à frente no livro sobre dietas, as promessas eram bem mais ambiciosas.
“Será necessário que se empenhe, mas, prometo-lhe, desenvolverá um corpo saudável e perfeito. Terá uma pele maravilhosamente tonificada. Músculos firmes e muita energia. Acabaram-se as preocupações – apenas resultados.”
Depois, veio o balde de água fria, a imersão na dura realidade.
“Não sou a fada Sininho”, lia-se na página 54. “Não há pozinhos de perlimpimpim”, continuava. “Ao início, sentir-se-á desconfortável. Sentir-se-á dolorida.”
Mau, pensei eu. Isso é aquilo que acontece sempre que começo a fazer exercício. E é também aquilo que me faz desistir. Por isso, e porque pensado bem a ambição desmesurada nunca fez bem a ninguém, decidi fazer umas (pequenas) adaptações ao programa sugerido pelo livro. Ou seja, em vez do Sumo de Couve para o pequeno-almoço ou da Salada de Feijão Branco para o lanche, vou eliminar de uma vez por todas (durante 30 dias, quero eu dizer) as bolachas do meu menu. Acabaram-se as Oreo, as recheadas de chocolate, as de baunilha com creme de cacau, as de mousse e por aí fora. E acabou-se também o consumo, à colherada, do doce de abóbora com pinhão que me tenta todas as vezes que abro o frigorífico. Quanto aos exercícios, já reuni o material e amanhã lá estarei, em frente da televisão, a transformar o meu corpo no da Gwyneth Paltrow.
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