Num país do deixa andar e da chico espertice, como é o nosso, surpreende-me a capacidade de mobilização e de envolvimento das pessoas em causas. Surpreende-me ver que até são capazes de sacudir o amorfismo que lhes tem sido apanágio, de pôr de fora as garras, literal e figurativamente, de arreganhar os dentes e atacar, lamentando apenas que toda a indignação tenha sido dirigida para uma opinião, apenas por ser divergente daquela que é expressa pela maioria. É uma pena que a juventude, aqueles que teoricamente formam o amanhã, não saiba ouvir. É uma pena que se reja pela intolerância, pela falta de encaixe e sobretudo pela arrogância. E depois queixam-se... Queixam-se do que não conseguem, daquilo que não têm... E queixam-se mais e ainda mais... e reclamam contra os que, fartos de queixas, apelam à acção.
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