quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Fu** You

Se calhar sou eu que sou antiquada. Ou excessivamente moralista. Ou, pronto, vou dizê-lo, velha. Mas mesmo sob pena de parecer um diácono Remédios de saias, aqui vai: não consigo compreender qual poderá ser o interesse de fazer uma música chamada Fuck You, que nos brinda, nos poucos (graças ao Senhor) minutos que dura, com fuck you para aqui, fuck you para ali, no fundo, fuck you para todo o lado. Eu tentei, a sério que sim. Despi-me de preconceitos, mandei para fora da janela entreaberta qualquer conservadorismo moralista que me pudesse toldar o discernimento, e ouvi a música até ao fim, apesar de ter pensado em mudar de estação várias vezes durante a mesma. E finda a dita maravilha, da autoria de Cee Lo Green, a minha opinião não mudou. Pois que continuei a pensar no porquê. O argumento da originalidade nem cabe aqui. Mesmo que Lily Allen não tivesse já sido autora de proeza idêntica, exemplos não faltam de musiquinhas que recorrem ao asneiredo. Percebi que o senhor Cee Lo Green estava frustrado com qualquer coisa, mas mesmo assim... E agora, sob pena de me transformar mesmo numa diácono Remédios, será que havia mesmo necessidade?

1 comentário:

  1. Sinceramente... não havia necessidade nenhuma.
    Uma boa música não devia ser apenas uma 'agradável' sonoridade, mas também ter uma letra minimamente interessante!

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