Os dias repetem-se no calendário. Uns a seguir aos outros. Invariavelmente. Tal como as horas, que se sucedem no relógio com a mesma cadência monótona. Nem mais depressa, nem mais devagar. Mas ainda assim nunca o tempo me pareceu passar tão depressa como agora.
Quando olho à minha volta, o tempo parece correr, frenético, numa convulsão vertiginosa que me põe a cabeça a andar à roda. Os ponteiros do relógio não mudaram o seu ritmo, mas ainda que o seu movimento se mantenha compassado, a verdade é que tudo mudou.
Parece que fechei os olhos ao som do agudo de um bebé e os abri para ouvir o discurso composto de um menino. Da total e completa dependência, que me garantia atenção e me encarregava de tudo controlar, enfrento agora uma independência que, se por um lado me fascina, me deixa totalmente aterrada.
E quando olho para aquela pequena criatura, que se prepara para ir, pela primeira vez, à festa de anos de um amigo de igual tamanho, quando o vejo fazer tudo sem a ajuda que antes me dava o papel principal na sua existência, confirmo que o tempo passa mesmo depressa.
Isto deve ser o que chamam crescer... E que bom é vê-lo crescer! Mas só gostaria que o tempo abrandasse um bocadinho. Começo a ficar sem fôlego de tanto correr para o acompanhar.
:,) Gostei de ler. Nem toda a gente consegue falar destes assuntos sem ser lamechas.
ResponderEliminarum beijinho e saudades
Obrigada! Fiquei surpreendida. A maior parte das vezes penso que estou a escrever só para mim...
ResponderEliminarbjs