Às vezes temos as pessoas por garantidas. Achamos que, só porque estiveram ali a nossa vida inteira, nunca vão deixar de estar. Imaginamo-las como rochedos e nunca pensamos em como seria sem elas, até porque, como rochas que são, nem um abalo mais forte as poderia derrubar...
E mesmo quando somos confrontados com as suas fragilidades, forçados a olhá-las como as pessoas que são, mesmo assim continuamos a acreditar que tudo vai passar. Afinal, para onde é que podiam ir, se sempre estiveram ao nosso lado, ainda que fisicamente distantes? E pensamos: mas eu não quero que vá! E esperneamos, choramos, fazemos birras, como se isso fosse suficiente, como se a nossa vontade conseguisse atrasar o destino.
Porque é que temos as pessoas por garantidas? Porque é que pensamos sempre que o tempo que com elas tivemos foi pouco quando tantas vezes nada fazemos para o apreciar? Porque é que não queremos que vão quando pouco fizemos para que ficassem?
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